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Privatizar faz mal ao Amapá, faz mal ao Brasil

Vemos hoje no Amapá o exemplo das consequências nefastas da privatização. A distribuição de energia foi vendida ao capital internacional e hoje a população sofre em decorrência de um apagão do sistema elétrico que já dura mais de uma semana.

Devido a um acidente em um transformador de um fornecedor privado quase 90% do estado (mais de 750 mil pessoas) tiveram o fornecimento de energia afetado desde o dia 3/11. Até o dia 7/11 o apagão era geral: havia falta de água encanada, caixas eletrônicos, máquinas de cartão não funcionavam e postos de combustíveis sem gerador também não. Agora o fornecimento de energia ainda é bastante precário, e esses problemas levaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar o 1º turno em Macapá, que não vai mais acontecer no domingo (15). O pedido partiu do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que “descreve cenário de desordem e violência, no qual o efetivo da Polícia Militar não se mostra suficiente”.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) estima que o apagão tenha custado até agora mais de 190 milhões à economia do Amapá.

O episódio caótico traz um alerta que deve ser levado em conta pelo Congresso Nacional: a privatização do setor elétrico é um erro. Nem nos Estados Unidos o controle sobre recursos estratégicos – como água e energia – está nas mãos de interesses privados. A demora da empresa privada em responder à crise e solucionar a falta de energia no Amapá mostra que a privatização do setor é um grande equívoco.

A Federação Única dos Petroleiros e o Sindipetro Caxias reafirmam que privatizar faz mal ao Brasil. Privatização significa precarização.

As empresas atuam reduzindo os custos sem temer as consequências para a população, que é quem paga o preço com o desabastecimento de todo o estado.

Hoje, quem está tratando de reverter a crise e garantir o suprimento emergencial de energia no Amapá é a Eletronorte, uma subsidiária da Eletrobrás. A holding responsável pelo sistema elétrico está prestes a ser vendida pelo governo Bolsonaro.

Reiteramos que água e energia não podem ser mercadoria!