No Brasil, estamos diante de mais um 1º de maio sob Bolsonaro, ou seja, sob o desemprego, fome, ataques aos direitos, inflação e destruição do meio ambiente. Mas também temos visto diversos trabalhadores levantando a cabeça contra a carestia, como na greve dos garis do Rio de Janeiro; a greve dos metalúrgicos da Avibras, que reverteu 420 demissões em São José dos Campos; e a luta dos trabalhadores da CSN, em Volta Redonda, a maior desde a greve de ocupação em 1988, e que foi organizada pela base contra o sindicato pelego. Tudo isso mostra que nossa categoria também pode levantar a cabeça junto com o povo brasileiro.
Muitas centrais sindicais tentam descaracterizar a data, transformando em um dia de shows, sorteios de carros e até mesmo dividir palanque com autênticos representantes dos patrões. É com o espírito das lutas da classe trabalhadora, de hoje e do passado, que devemos celebrar o 1º de maio para dizer Fora Bolsonaro!
Você sabia?
A origem do 1º de maio
Em 1º de maio de 1886, foi convocada uma grande manifestação em Chicago, EUA, que contou com cerca de 80 mil trabalhadores. Eles reivindicavam a jornada de trabalho de oito horas e melhores condições de trabalho. Os protestos se espalharam por diversas cidades do país e a repressão por parte do Estado foi brutal, levando à morte vários trabalhadores e as principais lideranças condenadas ao cárcere e à morte. Em 1889, o congresso de fundação da Segunda Internacional Socialista, resolveu convocar, para o 1º de maio daquele ano, uma jornada internacional de luta pelas 8 horas de trabalho. Desde então, na maioria dos países do mundo, a data é um dia de luta da classe trabalhadora e de unidade internacional dos trabalhadores.
Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho
Um trabalhador morre por acidente de trabalho ou doença laboral a cada 15 segundos no mundo. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em fevereiro deste ano, um petroleiro terceirizado morreu na REDUC durante a Parada de Manutenção. A morte do caldeireiro José Arnaldo de Amorim é mais um alerta sobre o sucateamento das plantas da Refinaria além da falta de efetivo. A direção e a CIPA promoveram ações a partir deste fato e acompanharão os desdobramentos junto com o SITICOMM.