Os trabalhadores do Sistema Petrobrás seguem em greve nacional desde primeiro de fevereiro, cobrando a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
A cada dia, crescem as adesões ao movimento, tanto nas áreas operacionais, quanto administrativas.
Na Bacia de Campos, já são 20 as plataformas cujos trabalhadores entregaram a produção às equipes de contingência da Petrobrás.
No Ceará, os trabalhadores das plataformas também aderiram à greve e estão entregando as unidades para as equipes de contingência. Já são quatro plataformas na mobilização, com os trabalhadores pedindo para desembarcar.
Nas refinarias, terminais e demais áreas de produção, a greve já atinge mais de 50 unidades em todo o Sistema Petrobrás, em 12 estados do país, mobilizando cerca de 18 mil de trabalhadores. Veja o quadro abaixo.
Na Fafen-PR, os petroquímicos e petroleiros já estão há 17 dias acampados em frente à unidade, resistindo contra as mil demissões previstas para terem início no próximo dia 14.
Além de impedir as mil demissões na Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás, a greve dos petroleiros cobra a suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela gestão, que ferem o Acordo Coletivo e estão afetando a vida de milhares de trabalhadores.
Interlocução com parlamentares
Dirigentes da FUP e da CNQ/CUT estão desde ontem (05/02) em Brasília, reunindo-se com deputados e senadores do PT e do PCdoB e outros partidos do campo progressista, cobrando apoio à greve dos petroleiros. Os sindicalistas buscam interlocução dos parlamentares com a direção da Petrobrás para que os representantes da empresa reúnam-se com a Comissão de Negociação Permanente da FUP que está há sete dias na sede da empresa, cobrando diálogo com a gestão da companhia.
Desembargadora nega nova liminar da Petrobrás para retirada da Comissão do Edise
A Comissão da FUP, que ocupa uma sala do quarto andar do Edise desde o dia 31 de janeiro, teve uma nova vitória nesta quinta-feira, 05, contra a tentativa da direção da Petrobrás de retirar os petroleiros do prédio. A desembargadora Maria Helena Motta, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região negou mandado de segurança interposto pela empresa à 66ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro pedindo a desocupação do local.
Vigília agita Avenida Chile
Do lado de fora da sede da Petrobrás, cresce a vigília da FUP e dos movimentos sociais. Mais de 20 trabalhadores e familiares de petroquímicos da Fafen-PR participam do acampamento montado na Avenida Chile. Uma caravana com mais trabalhadores da fábrica chega na sexta para um grande ato que terá participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A vigília é mais uma mobilização da greve nacional dos petroleiros e permanecerá ativa até que sejam suspensas as demissões na Fafen-PR, anunciadas pela gestão da Petrobrás começam no próximo dia 14. Diariamente, estão sendo realizadas aulas públicas e atividades culturais no local.
A mobilização conta com participação do MPA, MAB, MST, movimentos de estudantes, Levante Popular da Juventude, UJS, UNE, MNU, CMP, MAR, CMP/SP, entre outros movimentos organizados.
Amazonas
Terminal de Coari (TACoari) – trabalhadores aderiram à greve nesta quarta, 05/02
Refinaria de Manaus (Reman) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio Grande do Norte
Polo de Guamaré – comissão de base segue verificando as condições de segurança nas permissões de trabalho (processamento e produção de GLP, querosene de aviação e diese)
Base 34 – trabalhadores em estado de greve
Ceará
Plataformas – 4 unidades já aderiram à greve, com os trabalhadores em processo de entrega das unidades para a equipe de contingência e desembarque.
Terminal de Mucuripe – trabalhadores da manutenção aderiram à greve
Temelétrica TermoCeará – sem rendição no turno desde 02/02. Somente equipes de contingência na unidade.
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor) – sem rendição no turno desde 02/02. Gerência assumiu a unidade com a contingência.
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Terminal Aquaviário de Suape – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02 com 100% de adesão dos trabalhadores
Bahia
Unidades da UO-BA (Taquipe, Miranga, Bálsamo, Araças, Candeias, Santiago e Buracica) – atividades paralisadas
Refinaria Landulpho Alves (Rlam) – sem rendição no turno
Terminal Madre de Deus – sem rendição no turno
Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO) – Adesão de 100% dos trabalhadores
Espírito Santo
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) – trabalhadores cortaram a rendição no turno na manhã desta terça (04/02)
Sede administrativa da Base 61, polo de produção terrestre em São Mateus – 100% de participação dos trabalhadores terceirizados e próprios
Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Refinaria Gabriel Passos (Regap) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Rio de Janeiro
Bacia de Campos – trabalhadores de 20 plataformas seguem a orientação do sindicato de entregar a operação das unidades para as equipes de contingência da Petrobrás e pedir o desembarque imediato. Para os trabalhadores que estão em escala para embarcar, o Sindipetro-NF orientou o corte de rendição ou não comparecer aos aeroportos e heliportos.
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB) – trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23h de 03/02
Terminal de Campos Elíseos (Tecam) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02). O turno opera com o número mínimo para as instalações, um operador e um supervisor
Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB) – trabalhadores estão mobilizados desde segunda (03/02), com atrasos crescentes no turno
Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – sem rendição no turno desde a zero hora 01/02
São Paulo
Terminal de Guararema – adesão dos trabalhadores à greve nesta quinta (06/02)
Terminal de Barueri – adesão dos trabalhadores na manhã do dia 03/02
Refinaria de Paulínia (Replan) – sem rendição no turno desde às 23h30 de 31/01
Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap) – cortes alternados nos turnos
Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC) – cortes alternados nos turnos
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Xisto (SIX) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa) – adesão de 95% dos trabalhadores à greve. A unidade está sendo operada por técnicos de operação e engenheiros de outras unidades da Petrobrás que foram acionados para se somar aos 5% que não aderiram à greve.
Terminal de Paranaguá (Tepar) – sem rendição no turno desde a zero hora de 01/02
Santa Catarina
Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ) – trabalhadores aderiram à greve na terça (04/02)
Terminal de Guaramirim (Temirim) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Terminal de São Francisco do Sul (Tefran) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Base administrativa de Joinville (Ediville) – trabalhadores aderiram à greve na segunda (03/02)
Rio Grande do Sul
Terminal de Niterói (Tenit) – adesão à greve na manhã de 03/02
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) – sem rendição no turno desde as 07h de 01/02
[FUP]