Desde terça-feira (30/07), os trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram atos nas unidades, atendendo a convocação da FUP.
As mobilizações integram o calendário de lutas da campanha reivindicatória e contra as privatizações.
Em Duque de Caxias, foram três dias consecutivos de mobilizações. No dia 30, mais de 200 trabalhadores entre próprios e terceirizados do TECAM enfrentaram a polícia, que foi chamada para desmobilizar o ato.
Nos dias seguintes, a PM não apareceu nos atos da REDUC e UTE-GLB, porém o gerente da Refinaria exigiu que as faixas do Sindicato fossem retiradas do portão principal. “Este movimento ainda não é a greve, porém não queremos fechar portões para que os trabalhadores não furem o ato. Ele deverá ficar do lado de fora por sua própria consciência”, alertou o diretor Simão Zanardi. O atual momento exige que os petroleiros próprios ou não se unam ou do contrário haverá um grande massacre contra os trabalhadores.
Milhares de famílias voltarão para a miséria dos anos 90. “Não é nossa vontade fazer este movimento, nós queríamos entrar e produzir. Mas quando o gerente fala em demissão e perda de direitos, não podemos ficar calados”, argumentou o diretor do Sindipetro Caxias, Davi Lessa.
Seminário de greve
Nos dias 6 e 7 de agosto, a FUP e seus sindicatos filiados realizarão no Rio de Janeiro o Seminário Nacional de Greve para traçar uma estratégia que depois será discutida com os petroleiros e petroleiras.
“O cenário está se desenhando para uma greve histórica da categoria. Nós não queremos isto, queremos que a Petrobrás apresente um Acordo Coletivo compatível com o que o trabalhador merece, sem colocar em risco a nossa segurança”, afirmou Zanardi. “Mesmo assim, precisamos estar preparados para a greve, com uma estratégia que não haja demissões e sem que os pelegos encham os bolsos de dinheiro”, completou.