Menos de três meses após colocar à venda as refinarias do Paraná (Repar), do Rio Grande do Sul (Refap), da Bahia (Rlam) e de Pernambuco (Abreu e Lima), a gestão bolsonariana da Petrobrás anunciou na sexta-feira, 13, o início do processo de privatização de mais oito unidades de refino: a Refinaria Gabriel Passos (Regap/MG), a Refinaria Isaac Sabbá (Reman/AM), a Fábrica de Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor/CE) e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX/PR).
As oito refinarias que estão à venda tem capacidade para processar mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia. Isto representa metade da atual capacidade de refino do Brasil. Quem comprar levará junto 2.226 quilômetros de dutos e 13 terminais.
Além dos prejuízos que causará aos cofres da Petrobrás, a privatização destes ativos coloca em risco a soberania energética nacional e aumentará ainda mais os preços dos combustíveis, ao criar monopólios regionais privados. As multinacionais estão há tempos de olho no nosso mercado interno de derivados de petróleo, que é um dos maiores do mundo.
Ao abrir mão de parte significativa do parque de refino da Petrobrás e da área de logística e distribuição, a gestão Castello Branco desmonta a integração da empresa, deixando o caminho livre para a completa privatização da estatal. Tanto ele, quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, já anunciaram que este é o sonho do governo Bolsonaro.
A FUP e seus sindicatos juntos com os trabalhadores da Petrobrás não permitirão esta entrega da maior empresa do país. Vai ter resistência. Ninguém largará a mão de ninguém.