Em primeiro lugar, a direção do Sindipetro Caxias protesta contra a mudança de nome da Usina Termo Elétrica (UTE), pois Bolsonaro e sua quadrilha querem reescrever a história quando retiram o nome do Governador Leonel Brizola, um guerreiro da democracia no Brasil. Para nós, trabalhadores, a história não será apagada.
A usina foi construída pelos argentinos, num investimento privado. Com muita luta do sindicato e da FUP, a usina foi estatizada pelo governo e seu patrimônio, inclusive os empregados, foram incorporados à Petrobrás.
Devido ao projeto ser privado, a construção e montagem não seguiram o padrão de segurança da estatal. Um dos pontos que mais chamou a atenção foi a forma construtiva das 3 Torres de Refrigeração da Usina. As torres foram construídas como “palafitas” com estrutura de madeira. Não existem no Brasil, em nenhuma usina ou refinaria, torres de refrigeração feitas de madeira, era uma construção única, a baixo preço.
O sindicato já havia alertado a empresa do risco de acidente, que começou com os “desmoronamentos” de pedaços de madeira que começaram a cair. Através da intervenção do sindicato e Ministério do Trabalho e Emprego, devido ao risco de queda, a torre foi isolada.
Após este fato, é dado início ao projeto de substituição da madeira de sustentação das 3 Torres. A primeira torre que estava “desmoronando” teve toda obra concluída, mas a crise e a vontade de privatizar a usina param a obra.
No dia 6 de novembro, esta estrutura de madeira pega fogo e destrói uma torre, quase atingindo a segunda. O incêndio só não destruiu mais devido a atuação dos trabalhadores que se uniram em volta do incêndio, mas com ajuda da Brigada da REDUC e dos Bombeiros.
Não houve vítimas, mas o incêndio deixou seu recado. Agora, as duas torres passarão por reformas para substituir as madeiras de suspensão por material mais resistente. Há anos o sindicato cobra esta obra, o que poderia ter evitado este incêndio.
Leonel Brizola, presente!
