A Petrobras postou nos últimos dias, no Youtube, um vídeo publicitário tecendo loas à sua própria estratégia de vender ativos. Tem sido um sucesso de audiência: com mais de 10 mil visualizações, é o vídeo mais assistido do seu canal em quase um ano. O problema é que quem viu não gostou — o comercial tem apenas 146 “curtidas”, contra 4,6 mil sinalizações de “não gostei”.
O fracasso junto à audiência é resultado de uma campanha movida por grupos de esquerda e de funcionários da Petrobras no WhatsApp, que se mobilizam para “descurtir” o vídeo. O resultado é que a publicidade é provavelmente um dos vídeos com maior número de interações na história do canal da Petrobras, criado há 11 anos.
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Para efeito de comparação, o vídeo mais assistido da página, publicado em 2013 e celebrando os 60 anos que a Petrobras festejava na ocasião, teve mais de 3,6 milhões de visualizações e apenas 608 sinalizações de “gostei” e 61 de “não gostei”.
O que revoltou a audiência parece ter sido a mensagem de que o futuro da estatal “depende” da privatização de seus ativos, estratégia criticada por parte importante dos empregados e dos movimentos sociais. O nome do vídeo: “Legado”.
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“Nós construímos tudo isso juntos, com muito trabalho e suor. Mas a Petrobras precisa seguir um novo caminho.Vamos concentrar investimentos nos ativos de classe mundial, onde conseguimos os melhores resultados, como na exploração e produção do petróleo em águas profundas. E por isso temos que vender algumas operações no Brasil e no exterior. O futuro da empresa depende disso”, apregoa o comercial.
[Fonte: Capital-O Globo]