Sem realmente sair da segunda onda do coronavírus, o Brasil se vê frente a possibilidade de passar por um terceiro pico na crise sanitária. O número de óbitos por COVID-19 vem decrescendo há sete semanas, mas os novos casos estão subindo há um mês, e a chegada da variante indiana tem potencial para piorar o cenário.
A nova cepa, chamada B.1.617, possui três versões, identificadas entre outubro e dezembro do ano passado, e já está em mais de 40 países de todos os continentes. Não é possível concluir que ela é a única responsável pelo caos que atinge a Índia desde abril, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a variante um risco global.
No Brasil, ela chega em um momento de alta diária de contaminados. A média móvel de novos pacientes cresce há mais de dez dias seguidos, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmam que, diante do patamar epidêmico atual, a nova explosão de casos de COVID-19 será crítica. “É fundamental o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, ressalta o boletim divulgado pela Fundação em 12 de maio.
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