A Petrobrás completa 68 anos no dia 03 de outubro, em meio ao maior desmonte de sua história, cuja conta o governo Bolsonaro está impondo à população, com preços absurdos dos derivados, o que fez disparar a inflação e o custo de vida.
Para protestar, a FUP e seus sindicatos estarão nas ruas nos atos do dia 02 pelo Fora Bolsonaro e nas ações solidárias de venda de gás de cozinha a preço justo, na semana de 04 a 09 de outubro.
A Petrobrás nasceu na década de 50 após um longo processo de lutas. Com o lema “O petróleo é nosso!”, a principal motivação desse movimento era defender que o petróleo contido no subsolo brasileiro não nos fosse tomado como havia sido o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o ouro, ou o café.
Desta vez, o que estava em jogo era a principal matriz energética e matéria-prima do mundo. Ter controle sobre essa riqueza era uma questão de sobrevivência nacional, considerando um país de dimensões continentais que havia iniciado recentemente o seu processo de industrialização.
68 anos depois, não é mais o desenvolvimento nacional que enche os olhos do governo, mas sim o repasse do lucro gerado pelos trabalhadores para o mercado especulativo, a fim de agradar acionistas.
Para o Sindipetro Caxias, a Petrobrás é um símbolo do que nós queremos defender no Brasil, que é a soberania nacional. É o Estado brasileiro assumir a responsabilidade pelo bem-estar de 211 milhões de brasileiros, sejam eles da origem social que forem.
Apesar do desmonte que está sendo realizado pelo governo bolsonarista, a Petrobrás tem reconhecimento mundial na prospecção de petróleo em águas profundas e hoje, com tecnologia própria, consegue extrair petróleo de uma profundidade de 7 mil metros.
O atual governo conseguiu em pouco tempo privatizar a BR distribuidora, acabar com as Fábricas de Fertilizante, fechar refinarias e doar a malha de dutos que faz a distribuição do combustível pelo país. No ato realizado no Rio Grande do Sul na última semana, contra o fechamento da REFAP, faixas alertavam que “sem aniversariante não tem o que comemorar” e nem trabalho ou comida no prato de milhares de famílias brasileiras.
Por isso, precisamos participar dos atos, precisamos estar nas ruas, fazendo o processo de convencimento da sociedade, com a família, amigos, nas associações, escolas, faculdade e igrejas. Somente os trabalhadores unidos poderão decidir o futuro da nossa empresa e garantir que venham muitos outros aniversários.