A principal finalidade da CIPA é evitar acidentes e doenças do trabalho. Para isso, os membros da comissão se reúnem para apresentar os possíveis problemas de segurança encontrados na empresa, planejam soluções, e colaboram para executar soluções em conjunto com o empregador.
Segundo a Norma Regulamentadora N° 5, a formação da CIPA é obrigatória para empresas com mais de 20 funcionários (Quadro I da NR 5). Apesar de garantida por lei, a Petrobrás tem cada vez mais enfraquecido o trabalho da Comissão.
Devido à Pandemia da COVID-19, os cursos que antes eram presenciais foram transformados em telepresenciais. Porém agora, quando todos os empregados estão sendo convocados ao retorno do trabalho presencial, os cursos da CIPA foram transformados em 100% EAD, sem a presença de professor.
Para a diretora do Sindipetro Caxias eleita para a CIPA 2022, Aline Babinsck, esta atitude demonstra a falta de interesse da empresa em ter uma CIPA fortalecida e coesa. “Quando a empresa decide investir em treinamento e capacitação dos Cipistas, ela está dando condições de serem mais combativos e preparados para lutar por melhores condições de trabalho. Considerando o cenário atual, de falta de investimentos, precarização e terceirização na REDUC, tudo o que a empresa deseja, é uma CIPA menos participativa e despreparada” afirma.
O Sindipetro Caxias acompanhará de perto a qualidade deste curso EAD dos Cipistas e denunciará aos órgãos competentes o desinteresse da empresa na formação dos Cipistas.
Quando uma empresa decide investir em treinamento e capacitação de funcionários, ela está apostando em si mesma. O resultado desse investimento, boa parte das vezes, é a criação de profissionais mais preparados para lutar pelos seus objetivos. O que não é o caso da atual gestão da Petrobrás.