Numa escalada de violência sem precedentes em nossa história, fascistas invadiram o palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional no domingo (8), com absurda conivência das forças de segurança de Brasília, do GSI e do Exércio. Uma semana após a posse do presidente Lula, grupos fascistas ligados ao ex-presidente insistem de forma criminosa a tentar derrubar o governo eleito democraticamente.
A depredação dos prédios públicos que sediam os três poderem foram completamente vandalizadas e destruídas, mas a maior destruição é simbólica. Eles querem implodir as instituições da democracia liberal brasileira para impor um regime ditadorial no Brasil. E só começaram.
O poder público vem construindo uma resposta, com prisão dos golpistas que marcharam em Brasília, afastamento do Governador do DF, prisão do Secretário de Segurança e do chefe da Polícia do DF e investigações para punir quem conspirou, financiou e incentivou as ações golpistas. Quando você estiver lendo esta matéria provavelmente já terão novidades. Cada minuto vale por horas, cada hora vale por dias neste momento.
Sem anistia para os golpistas
Ao longo de todo governo Bolsonaro vimos a conivência de diversas instituições com o governo genocida e agora presenciamos em Brasília a colaboração militar das forças de segurança com os golpistas. Até mesmo muitos daqueles que hoje falam contra o golpismo, sustentaram a governabilidade de Bolsonaro por concordar com suas reformas neoliberais e privatistas. Por isso, é preciso sim exigir com todas as forças que as instituições combatam com o rigor da lei qualquer sabotador golpista. Nenhuma piedade, nenhuma anistia para o fascismo.
Mas precisamos ter toda atenção ao exigir das instituições, pois elas já demonstraram suas falhas. São infiltradas de elementos bolsonaristas que irão conspirar contra Lula, inclusive se apoiando em sujeitos como o Ministro da Defesa, José Múcio que qualificou os acampamentos golpistas de “democráticos”.
Cabe à classe trabalhadora se colocar do lado certo da história e não ficar passiva diante do golpismo. Por isso, fomos na segunda-feira (9) às ruas na Cinelândia apoiar a luta contra o golpe bolsonarista.