Venda de estatal é um retrocesso para a Bahia e pode causar alta de preços para consumidores
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), por meio da Empresa Baiana de Ativos (Bahiainveste) anunciaram a contratação do consórcio Genial. As duas empresas contratadas pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT) já avançam nos estudos de viabilização da venda da Companhia de Gás da Bahia –Bahiagás desde abril.
A contratação da Bahiainveste e do consórcio Genial demonstra a movimentação do estado da Bahia para a venda da companhia. As empresas são as responsáveis pela condução da privatização da Eletrobrás e ESGás.
A Bahiagás é a maior empresa estatal de distribuição de gás natural do país, com lucro recorde de R$ 211 milhões em 2022. A privatização seria um grande retrocesso, causando um eminente aumento dos custos do gás para o consumidor.
Levantamentos feitos pelo Observatório Social do Petróleo (OSP) mostram que refinarias privadas vêm promovendo aumentos sucessivos dos combustíveis. Nas últimas 6 semanas foram feitos 7 reajustes, todos com aumento dos preços dos combustíveis para o consumidor.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) se manifestam totalmente contrários à privatização da Bahiagás.
A estatal, responsável pela distribuição de gás canalizado na Bahia, é a maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda maior do Brasil, levando o gás a muitos locais que podem não ser de interesse de uma empresa privada.
O Sindipetro Caxias defende a manutenção da Bahiagás uma empresa estatal e a serviço do bem-estar socioeconômico nacional. Não à privatização da Bahiagás!
Crédito: Foto divulgação/Bahiagas