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FUP propõe termo de compromisso para resolver transferências compulsórias e cobra ‘programa Volta Pra Casa’

A Petrobrás anunciou que avaliará o “programa Volta Pra Casa” (batizado assim pela categoria), visando resolver os casos mais graves, e agendou para a próxima segunda-feira, 09, reunião para apresentação de nova contraproposta para o ACT

 [Publicado originalmente no site da FUP ]

Em reunião nesta quarta-feira, 04, com a Petrobrás para tratar especificamente das reivindicações relacionadas a efetivos, a FUP apresentou um termo de compromisso, propondo um programa justo e transparente de mobilidade interna que priorize os trabalhadores que foram transferidos compulsoriamente e alternativas imediatas para minimizar os impactos causados por essas transferências. Veja no final do texto a íntegra do documento.

A FUP reiterou que o debate da recomposição dos efetivos é fundamental, dada a gravidade dos problemas que a categoria enfrenta em função da redução drástica dos quadros de trabalhadores. As sequelas desse desmonte continuam gerando adoecimentos físico e mental, além de impactar na segurança operacional das unidades.

A Petrobrás irá avaliar o termo proposto pela FUP e reafirmou que os próximos concursos públicos terão por prioridade resolver os problemas gerados pelas transferências compulsórias, atendendo às reivindicações da categoria.

A empresa também anunciou que avaliará o “programa Volta Pra Casa” (batizado assim pela categoria), visando resolver os casos mais graves. A FUP reiterou que é fundamental o envolvimento das representações sindicais no acompanhamento desse programa, bem como a sua implementação imediata.

“Essa reunião tratou da estratégia de efetivo da Petrobrás, tanto para os concursos em andamento, quanto para o próximo concurso que já foi anunciado pela empresa. A FUP havia solicitado essa reunião para tratar de forma mais global tanto a resolução dos casos de transferência compulsória, como o baixo efetivo em diversas unidades, em especial no refino”, explica a diretora de SMS da FUP, Míriam Cabreira.

“Demonstramos a nossa preocupação com os números e prazos apresentados pela empresa. Destacamos o caso crítico das unidades do refino pela falta de efetivo, com impactos na segurança operacional, principalmente, na saúde dos trabalhadores”, ressalta a dirigente, informando que a Petrobrás agendará uma outra reunião com a gerência do refino para discutir a recomposição do efetivo e estratégias enquanto não ocorre essa recomposição.

Acabar com o bate e volta é questão de saúde coletiva

Nas três rodadas de negociação realizadas na semana passada, durante as comissões temáticas que discutiram as principais reivindicações da categoria para o ACT, a FUP tornou a enfatizar a urgência da Petrobrás acabar com a exigência do bate e volta semanal dos trabalhadores transferidos compulsoriamente de suas unidades de origem.

Várias propostas já foram apresentadas nos GTs que trataram do teletrabalho e das questões relacionadas à saúde mental, buscando reduzir o máximo possível o deslocamento dos trabalhadores, como uma semana presencial no mês, em vez de duas vezes na semana.

As representações sindicais frisaram que os inúmeros casos de adoecimentos mentais e assédios no Sistema Petrobrás refletem a desumanização que ocorreu na empresa nos últimos anos. Uma das mais perversas ações da gestão passada foi a transferência compulsória dos trabalhadores, arrancados de seus locais de origem, em uma violência tamanha que levou vários deles ao suicídio.

A FUP reforçou a necessidade de uma solução imediata que trate de forma coletiva esse problema e não individualizando os casos. A cobrança da federação sempre foi por uma solução que abranja de forma integral todos os empregados impactados pelas transferências impostas.

Veja a íntegra da proposta apresentada pela FUP:

Proposta-Termo-Saude-Mental-e-Transferencias

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