Recém-eleito presidente da República Argentina, Javier Milei, reiterou, nesta segunda-feira, o planejamento de privatizar YPF (estatal de petróleo e gás da Argentina). Este anúncio faz parte de
compromisso de campanha de reduzir bruscamente o tamanho do Estado.
Já nas primeiras entrevistas, Milei ressaltou que começará por assegurar a “recuperação dos resultados” da YFP para na sequência vendê-la por um valor maior.
As declarações agradaram os mercados, os papéis da estatal tiveram alta de 40,17% na bolsa.
O fortalecimento da ultradireita não é um processo nacional, é mundial. Tem características próprias em cada país, mas se trata de um fenômeno global. Este processo não pode ser subestimado e deve ser tratado com máxima seriedade pelo risco que representa.
A vitória de Milei, celebrada pelo bolsonarismo no Brasil, significa uma mudança desfavorável da relação política de forças, e sugere que a relação social de forças já tinha piorado antes na Argentina.
Os governos e setores políticos de extrema-direita na América Latina, buscarão atacar o nível de vida da classe trabalhadora, entregar os recursos naturais e desnacionalizar empresas públicas para o capital estrangeiro. Para isso precisarão atacar as liberdades democráticas para conter as lutas da classe trabalhadora.
Portanto é preciso unificar a classe trabalhadora da América Latina contra o avanço da extrema-direita, para defender na luta os direitos da classe trabalhadora e as liberdades democráticas, construindo fóruns concretos de frente única parra barrar os ultraliberais e conservadores.
A categoria Petroleira brasileira que tanto sofreu nos últimos anos com entreguismo e desmonte do Sistema Petrobrás, deve se solidarizar com as lutas do povo irmão argentino, visando fortalecer a resistência latino-americana ao projeto de recolonização e com prioridade no combate à extrema-direita.