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Somos todos petroleiros – 30 anos | A histórica greve de 1995

Movimento teve 90% de adesão nas refinarias e durou 32 dias

O governo de direita de FHC atacou a classe trabalhadora tão logo assumiu o poder. Uma de suas primeiras ações foi criar uma PEC para quebrar o monopólio da Petrobrás na exploração e produção de petróleo. Em seguida, implementou um vasto programa de privatizações, que culminaria na venda de empresas públicas essenciais.


Nossa categoria se uniu a servidores públicos, eletricitários, trabalhadores dos correios entre outros e iniciamos uma greve unitária em 3 de maio de 1995 que durou 32 dias. Oito dias depois, em 11 de maio, a empresa anunciou a primeira lista de demitidos depois da justiça burguesa considerar a greve dos petroleiros ilegal.

a partir de 24 de maio, o governo FHC aprofundou a repressão ao ocupar refinarias com membros do exército. Estudantes, sindicalistas de outras categorias, movimentos sociais do Brasil e do exterior e parlamentares saíram em apoio aos grevistas. O movimento unificado, no entanto, foi perdendo força e os petroleiros acabaram sustentando a greve sozinhos por 32 dias. Mais de 90% da categoria aderiu à paralisação nas refinarias.

A imprensa fez terrorismo, acusando os petroleiros pela falta de derivados de petróleo e, principalmente, do gás de cozinha. Reagindo a esse movimento, em 31 de maio, a CUT promoveu o Dia Nacional de Solidariedade à greve dos trabalhadores da Petrobrás. “Somos todos petroleiros”, se tornou o lema em passeatas pelo país afora. No dia seguinte, uma frente parlamentar foi formada por representantes de vários partidos, com o compromisso de intermediar a reabertura das negociações com a empresa. Só assim, a direção da Petrobrás aceitou voltar à mesa de negociação e comprometeu-se a cancelar as punições e a parcelar o desconto dos dias parados.

Ao final dessa greve, em assembleia, já com muitas críticas a sua direção, mas conscientes da necessidade de unidade da classe trabalhadora, os petroleiros de Caxias aprovaram em frente ao Arco da Reduc, após um amplo debate, a filiação do Sindipetro Caxias à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Mais uma vez, a greve se mostrou ferramenta de força da classe trabalhadora diante o capital. e, até hoje, a greve de 1995 nos inspira com orgulho. afinal, somos todos petroleiros/as!

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