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Fim da Escala 6×1: Julho das Pretas com foco no Plebiscito Popular e na Marcha das Mulheres Negras por reparação e bem viver!

Marcha acontece neste domingo, 27, em Copacabana

Texto por Yanny Chrystyan – uma jornalista preta

Hoje, dia 25 de Julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela. Data especial de resistência e memória na América Larina firmada em 1992, com potência dobrada para nós brasileiras, com a exaltação da história de Tereza de Benguela. Marcada como um exemplo de organização e bravura, como líder do Quilombo Quariterê, Benguela articulou a luta pela liberdade do povo escravizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia por 20 anos.

Em 2025, a luta é “contra o racismo, por reparação e bem viver”, tema da Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro (FEM Negras RJ), que acontece neste domingo, dia 27 de julho. O ato organizado pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras se conecta às lutas nacionais do Plebiscito Popular e do Fim da Escala 6×1 pela Vida Além do Trabalho (VAT). Uma luta antes de tudo antirracista e feminista. A concentração será às 10h, na Praça do Lido, em Copacabana.

Essa é uma luta de todas e todos! Vamos juntas e juntos marchar contra a opressão de gênero e de raça. Convocamos toda a categoria petroleira para essa que é uma mobilização da sociedade.

“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Julho das Pretas deve ser o momento de aumentar a mobilização de todos e todas para a Marcha no domingo (27/07) e puxar votar no Plebiscito Popular. Mulheres negras estão no lugar de maior vulnerabilidade econômica e social no Brasil. Diante da esperança trazida pelo VAT de transformar a realidade de superexploração, que afeta forte e principalmente mulheres negras, devemos nos unir e aplicar a mobilização dessas frentes.

Recebemos os piores salários. Segundo o 3º Relatório de Transparência Salarial, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado em abril, mulheres no Brasil recebem, em média, 20,9% a menos do que os homens. Mulheres negras enfrentam uma disparidade ainda maior: recebendo, em média, R$ 2.864,39, o que é aproximadamente 47,5% do salário dos homens não negros.

Estamos nos postos de trabalho mais precarizados e também somos maioria no trabalho informal. No quarto trimestre de 2024, pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) mostraram que a taxa média de desemprego nacional situou-se em 6,2%, a população branca registrou índice de 4,9%, enquanto pessoas pretas (7,5%) e pardas (7%).

No trabalho informal, a taxa geral atingiu 38,6%. Porém, quando analisada por recorte racial, vemos que pessoas pretas (41,9%) e pardas (43,5%) estão significativamente mais representadas no trabalho informal que pessoas brancas (32,6%).

Os dados comprovam as desigualdades raciais estruturais que enfrentamos. A maldita herança escravista. E que se somam às jornadas duplas, ao acúmulo de tarefas domésticas e aos cuidados de crianças e idosos da família. 

Precisamos equilibrar essa balança. Por isso, vamos às ruas no domingo (27/07) e precisamos continuar engajadas no Plebiscito Popular. Queremos o Fim da Escala 6×1, taxar bilionários e garantir a isenção quem recebe até 5 mil por mês. Mais tempo e mais recursos para as nossas vidas. Esse é o foco da luta antirracista, por reparação e bem viver da classe trabalhadora hoje.

VEJA TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE A MARCHA DAS MULHERES NEGRAS AQUI

VEJA TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE O PLEBISCITO POPULAR AQUI

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