Nesta quarta-feira (3), os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás foram atormentados pela notícia que nenhuma mãe ou pai quer receber: a morte de um trabalhador em cumprimento do seu ofício. Recebemos informes, fotografias e vídeos com a lamentavelmente notícia do acidente fatal que vitimou Rodrigo Reis Barreto, trabalhador brasileiro na construção da Plataforma P-79, no Estaleiro Hanwha, em Geoje, Coréia do Sul.
A descrição da triste notícia é que o colapso da estrutura do sistema de Offloading, durante o teste de carga, causou a queda ao mar do trabalhador a uma altura acima de 20 metros. As equipes de resgate encontraram Rodrigo, fizeram os procedimentos de atendimento de emergência e infelizmente foi confirmado o óbito.
Após a repercussão nacional da Força de Trabalho, a Petrobrás soltou uma nota sobre o acidente fatal. Porém, garantir a segurança e saúde do trabalhador, o que era necessário para que não perdêssemos Rodrigo, a empresa não fez. Segundo relatos, a pressão nas obras nos estaleiros estrangeiros aumenta a tensão de todos trabalhadores e trabalhadoras em missão fora do país.
É notório que nas obras das plataformas construídas fora do país os riscos psicossociais não são considerados, deixando a categoria vulnerável e sem a proteção dos Sindicatos e do Ministério do Trabalho e Emprego. Do que adianta a Direção da empresa se dizer que está preocupada e criar programas como a ‘Jornada Petrobrás de Fatores Humanos’, quando o mínimo, que é o respeito à Norma Regulamentadora 1 (NR-1) não é cumprida? Impondo assim, o trabalhador a uma carga de trabalho excessiva, prazos apertados e até assédio moral.
O Sindipetro Caxias se solidariza com familiares, amigos(as) e companheiros(as) de trabalho de Rodrigo e se compromete a fazer todos os esforços para cobrar a participação da representação sindical na investigação do acidente. Reivindicamos a transparência necessária na investigação do acidente de fatal de mais um pai de família. A vida está acima de qualquer planejamento corporativo ou lucro acionário.
RODRIGO, PRESENTE!