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5 de outubro – Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno | Leia o manifesto

Data de conscientização, ação no MTE e seminário na Fundacentro marcam a luta

Neste próximo domingo, 5, é lembrado o dia nacional de luta contra a exposição a esse veneno que mata e deve ser combatido. A data foi criada em homenagem ao técnico de operações Roberto Kappra, da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, que faleceu em 5 de outubro de 2004, vítima de leucemia mieloide aguda, doença ligada à exposição ao benzeno.

BAIXE O INFORMATIVO DO COLETIVO DE SINDICATOS DE CATEGORIAS EXPOSTAS AO BENZENO

Kappra trabalhou 11 anos na refinaria e morreu aos 36 anos, 22 dias após serem detectados os primeiros sintomas da doença. Na época, a Petrobrás se recusou a reconhecer o nexo causal e a CAT só foi emitida tempos depois. A história de Kappra tornou-se símbolo da luta contra a exposição a essa substância altamente cancerígena.

No último dia 18 de setembro, em audiência no MTE, no centro do Rio, os Sindipetros Caxias, NF e RJ, junto à CUT, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNQ) e ambas as federações petroleiras (FUP e FNP), formalizaram a solicitação pela reabertura da Comissão Estadual do Benzeno no Rio de Janeiro. LEIA MAIS

Já nesta sexta, 3, o Sindipetro Caxias participa do seminário “Benzeno e Cancerígenos: avançar na proteção da saúde dos trabalhadores”. O evento, realizado pela Fundacentro, pode ser acompanhado pelos links abaixo:

Transmissão no período da manhã: https://www.youtube.com/live/cxbdGbrnqmo?si=OgP2-Bz58Ot4a8vJ
Transmissão no período da tarde: https://youtube.com/live/PNl0u3Sx48U

LEIA O MANIFESTO ASSINADO pela CUT, CTB, Força Sindical, NCST, UGT, CSP Conlutas, CSB, Intersindical, CNQ, FUP e FNP

MANIFESTO PELA SAÚDE, PELA VIDA! CONTRA A EXPOSIÇÃO AO BENZENO!

Os trabalhadores e trabalhadoras expostos ao cancerígeno BENZENO em seus locais de trabalho, através das Centrais Sindicais e seus Sindicatos, preocupados com a saúde e a vida nos ambientes de trabalho vêm, através deste MANIFESTO, denunciar os RETROCESSOS nos cuidados com a saúde destas categorias que aumentaram os riscos enfrentados com a exposição ao agente químico BENZENO — reconhecido cientificamente como CANCERÍGENO — e exigir:

.A retomada das Comissões Estaduais do Benzeno (CEBz);
.A transformação da Comissão Nacional Tripartite Temática do Benzeno (CNTT-Bz) em Comissão PERMANENTE, como era antes de 2019;
.Que o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Saúde não aceitem alterar o atual indicador ambiental de monitoramento do
.Benzeno — o eficiente Valor de Referência Tecnológico (VRT), adotado desde 1995;
.E que as empresas cumpram integralmente o Acordo Nacional do Benzeno (ANBz).

BENZENO, UM VENENO INVISÍVEL – DO POÇO AO POSTO!

O Benzeno é um composto químico aromático que ataca o sistema hematopoiético e causa câncer, especialmente a Leucemia Mielóide Aguda. Está presente em toda a cadeia produtiva do Petróleo – na prospecção, refino, indústria Petroquímica/química, siderúrgica, tratamento ambiental, distribuidoras, transporte, abastecimento de aeronaves e postos de combustíveis. O Benzeno contamina trabalhadores/as, consumidores e moradores do entorno de postos de combustíveis e indústrias.

O Benzeno age de forma SILENCIOSA e LETAL.

RECONHECER, PREVENIR, PROTEGER! ESSA É A LUTA! NÃO AO RETROCESSO, SIM À VIDA!

As Centrais Sindicais e os Sindicatos estão unidos para impedir RETROCESSOS na atual legislação do Benzeno, defendendo:

.A retomada das visitas técnicas nos locais de trabalho, como faziam as antigas
.Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) e as CEBz, para garantir o cumprimento do ANBz;
.Mais autonomia aos Grupos de Trabalhadores do Benzeno (GTB) na CIPA;
.A implementação de tecnologias que eliminem a exposição ao Benzeno;
.A verificação e informação das Emissões Fugitivas, conforme prevê a NR-20;
.O cumprimento do cronograma de Recuperação de Vapores nos Postos de Combustíveis, protegendo quem trabalha e os que moram no entorno.

A volta do LT é um RETROCESSO inaceitável!

Insistir em um Limite de Tolerância (LT) para o Benzeno é assinar a sentença de adoecimento e morte de quem trabalha exposto a este agente químico “assassino” silencioso. Não existe limite seguro para essa substância cancerígena.

O SILÊNCIO EPIDEMIOLÓGICO ESTÁ MATANDO DE NOVO!

Antes de 1995, quando não havia legislação específica para o Benzeno, centenas de trabalhadores/as adoeceram, sofreram e morreram. Com a criação da CNPBz, das CEBz e dos GTB na CIPA, de forma tripartite (Governo, Trabalhadores e Empresas), foi possível salvar muitas vidas e reduzir drasticamente os casos de BENZENISMO, permitindo diagnósticos e tratamentos precoces. Mas em 2019, um “canetaço” do então governo Jair Bolsonaro, atendendo ao pedido da patronal, extinguiu as Comissões. Desde então, os casos deixaram de ser notificados e os trabalhadores/as voltaram a adoecer e morrer sem diagnóstico, sem CAT e sem justiça.

NÃO AO RETROCESSO, SIM À VIDA!

Os trabalhadores e trabalhadoras se MANIFESTAM ao Governo Federal e aos Ministérios do Trabalho, da Saúde e da Previdência para que:

.Restabeleçam imediatamente as CNPBz e CEBz, com caráter PERMANENTE e atuação em todos os Estados;
.Não permitam a volta do prejudicial LT (Limite de Tolerância) ao Benzeno;
.Mantenham o VRT (Valor de Referência Tecnológico) como parâmetro ambiental de monitoramento da exposição ao Benzeno;
.Façam cumprir o Acordo Nacional do Benzeno, hoje descumprido abertamente pela patronal.

A VIDA VALE MAIS QUE O LUCRO!

Só com controle público, fiscalização efetiva e participação ativa dos trabalhadores/as será possível evitar novos casos de contaminação, sofrimento e morte!
BENZENO MATA, E O SILÊNCIO TAMBÉM.

BASTA DE RETROCESSOS!

EXPOSIÇÃO AO BENZENO EM POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

A gasolina contém Benzeno, resultado do processo de destilação do petróleo. A ANP permite até 1% em volume (10.000 ppm), mas o Acordo Nacional do Benzeno (1995) definiu como referência o VRT de 1 ppm, pois não existe limite seguro de exposição. A diferença é enorme!

A legislação está em revisão e é urgente incluir frentistas e trabalhadores de conveniência no Acordo. Tecnologias como a recuperação de vapores nas bombas reduzem significativamente a exposição, prevenindo adoecimento e mortes por câncer. O INCA comprovou que esses trabalhadores sofrem alterações no sangue e maior incidência de leucemia. Mesmo baixas doses diárias causam sérios danos. É urgente adotar medidas técnicas para proteger vidas. Gasolina tem Benzeno, e ele mata!

HIGIENIZAÇÃO DAS VESTIMENTAS DE TRABALHO

Pela CLT, NR-6, NR-24 e Lei 13.892/2012-RS, cabe às empresas fornecer, higienizar e descontaminar os uniformes de trabalho. Isso é ainda mais crítico em ambientes com Benzeno. O trabalhador não deve levar o uniforme para casa nem usá-lo fora do trabalho, pois aumenta a exposição e pode contaminar familiares.

O mesmo vale para o transporte coletivo: bancos e passageiros podem ser contaminados. As empresas devem garantir banho após o turno, armários separados para roupas comuns e orientar os empregados sobre os riscos. Cumprir as Normas Regulamentadoras é essencial para proteger a saúde dos trabalhadores e da comunidade.

PARLAMENTARES SE UNEM À LUTA DOS SINDICATOS

Desde 2023, sindicatos intensificaram a luta pela manutenção do VRT, contra a volta dos Limites de Tolerância (LT=LEO) e pela reinstalação das Comissões do Benzeno. Parlamentares como Miguel Rossetto, Elvino Bohn Gass e Paulo Paim têm sido fundamentais no diálogo com o Ministério do Trabalho.

Foram entregues documentos exigindo o cumprimento da lei e a volta permanente das Comissões. A mobilização ampliou o debate, envolvendo instituições como Fundacentro e Fiocruz, fortalecendo a defesa da saúde e segurança dos trabalhadores.
CONSCIENTIZAÇÃO É PREVENÇÃO!

Este é o novo símbolo GHS (pictograma) para os produtos químicos cancerígenos, caso do Benzeno.
Em ambientes aonde este símbolo estiver presente, fique mais atento!

Mais de 30 anos depois do ANBz, o alerta permanece:

.Realizar e acompanhar exames periódicos – ASO;
.Conhecer e acompanhar o programa de prevenção a exposição ao Benzeno – PPEOB;
.Fiscalizar condições de trabalho;
.Exigir igualdade de proteção entre trabalhadores diretos e terceirizados;
.Exigir a co-responsabilidade da contratante.

SINDIPETRO CAXIAS | 02/10/2025

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