A falta de concurso público, somada a saída dos trabalhadores devido a aposentadoria, mostrou o que o Sindipetro Caxias sempre alertou: que a REDUC não tem condições de manter as suas unidades operacionais com o número mínimo requerido.
As denúncias recebidas pelo Sindipetro Caxias apontam para um fator de risco grave e iminente porque muitos trabalhadores estão sendo privados do tempo de descanso e obrigados a dobrar. O que leva ao turno insano de 24 horas ininterruptas.
Voltando no tempo, no século XIX, com o advento da Revolução Industrial e a descoberta da máquina a vapor, quando ainda não haviam leis para regulamentar a proteção dos trabalhadores, fazendo com que não houvesse limitação na carga horária de trabalho, os operários eram submetidos a longas jornadas de trabalho, exercendo muitas vezes trabalhos insalubres, em ambientes nocivos à sua saúde física e mental, desprovido de condições sanitárias e de higiene mínimas.
Este ambiente hostil gerou a união dos trabalhadores que individualmente não possuíam força para realizar qualquer tipo de negociação com os empregadores. A limitação da jornada de trabalho foi uma das principais reivindicações comuns. Salienta-se que eram obrigados a trabalhar entre 12 a 16 horas diárias.
Os trabalhadores de forma coletiva passaram a ter um instrumento de pressão em face dos empregadores, que era exatamente a sua energia de trabalho. Entre outros movimentos dos trabalhadores surgiram os primeiros movimentos de greve.
Ao contrário do que ocorreu na Revolução Industrial, em que os trabalhadores precisaram migrar do campo para a cidade, aumentando o efetivo e capacidade produtiva das fábricas, na Petrobrás hoje o que ocorre é o esvaziamento das plantas. A falta de efetivo é proposital para que a atual gestão consiga privatizar a empresa de forma mais rápida e por um menor custo. Visando o lucro em detrimento do trabalho.
A falta de rendição tem aumentado drasticamente nas bases do Sindipetro Caxias, o que é motivo de grande preocupação. O cansaço e a privação do sono podem causar acidentes dentro da refinaria – inclusive fatais, além de serem fatores contribuintes para doenças crônicas. As dobras tornaram-se regra, quando deveria ser um paliativo momentâneo em ocasiões excepcionais.
NÃO ACEITE ESSA SITUAÇÃO! DENUNCIE AO SINDICATO! VAMOS LUTAR POR CONDIÇÕES DIGNAS DE TRABALHO! NÃO PERMITA QUE O SEU GERENTE DITE AS REGRAS DA SUA VIDA.
Assista a live sobre a saúde do trabalhador exibida em 29/07 em nosso canal do Youtube