O presidente Jair Bolsonaro tem feito críticas reiteradas ao preço dos combustíveis, afirmando que o governo federal não possui responsabilidade pelas sucessivas altas.
O seu discurso tenta vincular a responsabilidade aos Governadores em decorrência de uma suposta alíquota desproporcional do ICMS.
Porém, um observador mais atento enxerga algo que o discurso do presidente tenta esconder: a dolarização do preço dos combustíveis tem efeito devastador nos preços finais ao consumidor e essa condição de manter os valores atrelados à moeda americana pode ser considerada a principal vilã para o bolso do consumidor, uma vez que a flutuação do mercado internacional acaba tendo influência direta no mercado interno brasileiro.
O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e têm refinarias posicionadas estrategicamente para atender todo o território nacional, mas ao invés de priorizar o mercado interno e assim controlar os preços, o governo opta pelo exato oposto: aumento dos preços para atrair compradores interessados na venda das refinarias e subsidiárias. Uma estratégia para facilitar a privatização da Petrobrás.
Na gestão de Dilma Roussef, a política adotada pelo governo conseguia absorver os impactos dos aumentos internacionais para que não atingissem a população mais pobre.
Porém a política econômica adotada desde o governo ilegítimo de Temer e que foi continuada no governo Bolsonaro – uma política voltada para os interesses do mercado – o preço do petróleo no Brasil ficou imprevisível, impactando diretamente a população.
A alta no preço dos combustíveis atinge milhares de famílias que hoje, além de desempregadas, passam fome.
Um país que deveria sorrir com a abundância de riquezas, hoje chora na miséria em detrimento do Deus mercado.
Por isso, mais que nunca é preciso lutar para não entregar o que é nosso, porque do contrário quem vai pagar o preço é a sociedade.
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