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Após censura, OSP relança site com comparativo de preços dos combustíveis da Petrobrás e Acelen

Após alguns meses fora do ar, por conta de ações judiciais de censura da gestão da Petrobrás, o site do Observatório Social da Petrobrás, que mudou de nome e agora se chama Observatório Social do Petróleo (OSP), será relançado nesta quarta-feira (6/07), com uma novidade. O novo site apresenta os preços da gasolina e do diesel vendidos pelas refinarias da Petrobrás e a Refinaria de Mataripe, antiga Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, privatizada em dezembro de 2021. A nova funcionalidade do Monitor dos Preços dos Combustíveis permitirá fazer um comparativo dos valores cobrados pela estatal e a empresa privada, a partir de janeiro deste ano.

O Monitor dos Preços mostra que o litro da gasolina na Refinaria de Mataripe está custando 50 centavos a mais do que nas refinarias da Petrobrás, sendo vendido a R$ 4,56, uma diferença de 12%. O diesel também está mais caro. A Acelen, gestora de Mataripe, cobra R$ 5,78 o litro, sendo 17 centavos acima do valor da estatal, o que representa 3% a mais.

“A ideia dessa nova funcionalidade é que a população compare os preços cobrados pela estatal e pela empresa privada e perceba que a privatização de refinarias não resolve o problema da alta dos combustíveis no país. Pelo contrário, tudo fica ainda mais caro”, afirma o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

Além de fornecer os preços nas refinarias, a ferramenta registra o valor médio cobrado pelo gás de cozinha (GLP), gasolina comum, diesel S-10, gás natural veicular (GNV) e etanol no território nacional. A atualização é semanal, possibilitando o acompanhamento das variações e da evolução dos preços desde julho de 2001. Também é possível saber o preço médio dos combustíveis em cada estado brasileiro e a relação comparativa com o salário mínimo.

Para o preço dos postos, o monitor utiliza informações disponíveis em formato de base de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esses dados são transformados em valores reais deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para o preço nas refinarias, o monitor usa dados das próprias empresas, Petrobrás e Acelen.

Privatômetro

O Site do Observatório do Petróleo traz ainda o Privatômetro, que apresenta um levantamento das privatizações da Petrobrás, os valores que essas transações envolvem e as consequências dessas negociações para o país. De janeiro de 2015 a 5 de junho de 2022, a venda de ativos da estatal já alcançou a soma de R$ 263,1 bilhões.
Esse valor supera o orçamento de 2020 do estado de São Paulo, de R$ 226,6 bilhões, e representa 3,2 vezes o lucro de 2020 dos cinco maiores bancos do país: Bradesco (R$ 16,5 bi), Itaú (R$ 15,1 bi), Banco do Brasil (R$13,9 bi), Santander (R$ 13,5 bi) e Caixa (R$13,2 bi).

Para saber mais sobre o Observatório Social do Petróleo


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