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Após mediação no Tribunal Superior do Trabalho, FUP e Petrobrás retomam mesa de negociação

Após mediação no Tribunal Superior do Trabalho, FUP e Petrobrás retomaram a mesa para negociar a situação do Relógio de Ponto e Interstício, na tarde desta terça-feira (11).

Com medo de um novo protesto por parte dos trabalhadores, a gerência da empresa alugou uma sala em um coworking no centro do Rio para realizar a reunião. Para o diretor da Federação e do Sindiquímica-PR, Gerson Castellano, esta ação da empresa é um desrespeito aos empregados da Petrobrás, que reafirmou a importância da reunião acontecer dentro de um prédio da Petrobrás e colocou a sede da FUP à disposição. “Nós representamos os trabalhadores desta empresa. Esta ação da empresa não desrespeita a entidade sindical, mas todos os seus empregados que nos elegeram para representá-los”.

Os relógios de ponto estão mantidos,como ficou acordado no TST no dia 27/02, porém a gerência se comprometeu a fazer um levantamento do tempo de percurso x tempo de passagem de turno e apresentar para os representantes sindicais na próxima reunião no dia 17. Neste dia também será debatido o interstício. Como o espaço era alugado, a reunião teve que ser encerrada sem que fossem fnalizados todos os itens da pauta, adiando o debate do interstício para a póxima terça-feira. 

Passagem de turno e segurança

A FUP tem exigido da Petrobrás que seja feito um estudo bem elaborado sobre a mudança do tempo de passagem de turno e da alteração do local do Relógio de Ponto e discuta com os sindicatos antes da implementação. Porém a empresa se respalda na Reforma Trabalhista para não incluir o tempo do trajeto dentro das Refinarias na folha de pagamento.

A passagem de turno, que a empresa está limitando a 10 minutos, é o momento em que o trabalhador precisa entregar todo o trabalho que estava sendo realizado para quem está chegando. Além do tempo da descontaminação e troca do uniforme. É muito importante para que não haja nenhum acidente dentro da Refinaria ou Plataforma.

Apesar da empresa alegar que esta é uma forma para reduzir o pagamento da hora extra, a FUP e seus sindicatos já apontaram diversas vezes o que precisa ser feito para realmente a empresa ter Hora Extra Zero. Basta resolver o problema do pouco efetivo e nunca mais haverá dobra, mas está bem claro que para a Petrobrás é mais barato pagar hora extra a contratar novos empregados.

[FUP]

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