[Da Imprensa do Sindipetro Bahia]
Trabalhadores da Acelen (Refinaria de Mataripe) passaram por momentos de pânico na madrugada do dia 10/10, após inalarem um gás químico, proveniente de um vazamento que ocorreu após o descarregamento de hiplocorito de uma carreta para um tanque, na Unidade 52.
A mistura do hiplocorito de alta pureza, com outro produto químico, por meio de uma contaminação cruzada, gerou um gás altamente tóxico, que foi inalado por cerca de 30 trabalhadores, provocando problemas respiratórios em pelo menos 14 deles, que tiveram de ser encaminhados a unidades médicas da região de São Francisco do Conde, de acordo com informações que chegaram ao Sindipetro Bahia. O sindicato foi informado também que um deles permaneceu internado durante quatro dias, e quatro precisaram fazer uso de oxigênio.
Além dos operadores, foram atingidos também trabalhadores que participavam de um curso de treinamento e ficaram presos na sala, tentando se proteger, porque o gás tóxico se espalhou por todo prédio, incluindo o centro de treinamento, refeitório central e área de embarque e desembarque de ônibus. O Sindipetro Bahia só tomou conhecimento do acidente na segunda-feira (16) e quer que a Acelen esclareça porque um acidente deste porte, que pode ser considerado gravíssimo, não foi comunicado à entidade sindical e nem à CIPA da empresa.
O Sindipetro Bahia está em busca de mais informações sobre o ocorrido e cobra que o acidente seja investigado por uma comissão com a participação da CIPA e do sindicato. Mas desde já alerta para os recorrentes desvios de segurança que vêm acontecendo na Acelen, acarretando incidentes diversos.
A entidade sindical cobra da direção da Acelen mais responsabilidade quanto ao treinamento de seus trabalhadores para que possam operar em uma área tão complexa como a do refino, pois o sindicato tem recebido denúncias de que a refinaria baiana não estaria cumprindo sequer a carga horária obrigatória nos treinamentos dos cursos das Normas Regulamentadoras.
Foto: Acelen/Divulgação