Somente na primeira semana do mês de dezembro já foram registrados 328 casos de COVID-19 em trabalhadores próprios da Petrobrás.
Este número, retirado do Boletim da COVID-19 divulgado pelo Ministério de Minas e Energia seria sem dúvida muito maior caso fossem contabilizamos os empregados terceirizados da empresa – os trabalhadores terceirizados representam um efetivo muito maior que os próprios dentro do Sistema Petrobrás.
Os números apresentados também não contabilizam os petroleiros hospitalizados.
Permanece em três o número de mortes e o total de recuperados chega a 2.890. Assim, 6,9% dos trabalhadores da Petrobrás (holding) – um total de 3.203 trabalhadores – já foram contaminados. A expectativa é que haja um pico de infectados na Petrobrás com o relaxamento das medidas de prevenção nos Estados, as festas de fim de ano e as paradas programadas de manutenção da REDUC em Duque de Caxias/RJ.
Na Europa, a segunda onda da doença matou mais do que no início do ano. De 1º de agosto a 6 de dezembro, a COVID-19 levou 152.216 vidas, acima das 136.176 na primeira onda (de 1º de março a 31 de julho), de acordo com os dados analisados pelo jornal EL PAÍS. No total, a UE registou 31 mortes a mais para cada milhão de habitantes nos últimos quatro meses do que na primeira fase.
Já no Brasil, seis estados estão com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados e aproximam-se do colapso em meio ao novo crescimento nos casos de COVID-19.
Já no Rio de Janeiro, todos os 288 leitos da prefeitura para casos graves estão ocupados, de acordo com o último balanço. Só na capital, são 144.641 casos e 13.594 mortes por coronavírus.
Enquanto isso, a fila de espera aumenta. Ao todo, 472 pessoas com Covid ou com suspeita da doença esperam um leito — 252 delas precisam de UTI.
Enquanto o governo tentava conter a crise econômica, reabrindo os comércios e liberando a circulação das das pessoas pela cidade, a saúde foi abandonada. Os hospitais de campanha, além de mal aproveitados, foram desativados e não se pensou em uma solução para a crise sanitária a longo prazo.
Por isso, diante da incompetência dos governos para gestão da crise sanitária nos vemos praticamente como únicos responsáveis pelas nossas vidas. Cuide da sua e da de seu colega: use máscara, higienize as mãos constantemente, cubra a boca ao tossir ou espirrar e pratique o isolamento social sempre que possível. Cada vida de trabalhador importa. Faça a sua parte!