Sem respaldo dos trabalhadores, eleição foi um fiasco
Com participação pífia dos empregados da Petrobrás e votos que representam aproximadamente 1% dos beneficiários da AMS, a eleição viciada para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da ilegítima Associação Petrobrás Saúde (APS) foi um fiasco. O total de titulares aptos ao voto era de 112.734, sendo que destes somente 1.324 participaram do processo, o que representa 1,17%. Não é ironia o nº17 estar presente nesta equação.
Os petroleiros da ativa e aposentados deram o recado: não reconhecem uma associação criada em meio a denúncias de corrupção e à revelia dos trabalhadores.
Como a FUP e seus sindicatos alertaram, a eleição foi um jogo de cartas marcadas, cujo objetivo era tentar legitimar uma associação que não tem qualquer respaldo dos beneficiários da AMS.
Apenas uma chapa se inscreveu na eleição do Conselho Fiscal da APS e três chapas disputaram o Conselho Deliberativo. Todas vinculadas à gestão da Petrobrás. Entre os gerentes eleitos, há, inclusive um que participava das mesas de negociação da AMS, defendendo e referendando os ataques da Petrobrás contra o benefício da categoria.
A eleição está sendo contestada na Justiça pelas principais representações dos trabalhadores do Sistema Petrobrás (FUP, FNP e SINDMAR), que ingressaram com Ação Civil Pública, cobrando a anulação do pleito.
A Ação coloca sob suspeita o regulamento e a comissão eleitorais e denuncia a manipulação e alteração do calendário eleitoral.
A FUP e seus sindicatos continuarão lutando na Justiça contra a APS, criada ao arrepio da lei, à revelia dos trabalhadores, através de um processo suspeito que foi conduzido pelo ex-gerente executivo de Recursos Humanos da Petrobrás, Claudio Costa, demitido por ter feito uso de informações privilegiadas para se beneficiar financeiramente em uma operação milionária de venda de ações da companhia.
Fonte: FUP