Há anos o Sindipetro Caxias luta pela melhoria do projeto de acesso ao reator e aumento do efetivo na área
O elevador de acesso aos níveis dos reatores do COQUE, que possui mais de 70 m de altura (equivalente a um prédio de 24 andares), sempre foi um problema para os trabalhadores por conta de suas recorrentes quebras e sua porta que só fecha e abre em manual.
Os operadores do COQUE (U-4100/4200/4250/4300) já possuem um histórico sobrecarga de trabalho, pois desde 2017 sofrem com a redução do número mínimo seguro de trabalhadores no turno. O O&M reduziu o número de operadores na área de seis para quatro. Agora sem elevador – o que obriga o peão a subir e descer várias vezes os inúmeros lances de escada durante um extenuante turno de 12 horas – essa sobrecarga é aumentada.
A direção do Sindipetro Caxias se reuniu com o gerente-geral da REDUC e solicitou a volta do número mínimo de 6 operadores de área diante das limitações e dificuldades de acesso aos locais de trabalho.
O Sindicato também sugeriu a montagem de um novo elevador, parecido com o que é utilizado nas construções civis ou mesmo nas paradas de manutenção para transporte de cargas e pessoas. Devendo ser instalado em um local externo, mas com acesso a todos os níveis dos reatores, de forma segura e com laudos técnicos que garantam a segurança dos petroleiros.
O elevador do COQUE está parado há mais de duas semanas, com o número reduzido (quatro) de operadores de área e a situação não possui solução. O problema é que somente quem projetou este elefante branco pode consertar, e a empresa não tem mais o contrato para manutenção. Este cenário só é mais um exemplo da falta de planejamento e de gestão sobre a unidade, que vem apresentando este problema de forma recorrente. A REDUC não pode ser tratada como uma refinaria clandestina isolada no meio do mato. Não dá para a Petrobrás ficar na mão de um cara só pra “dar um jeitinho”. É preciso mais responsabilidade e profissionalismo dos gestores.