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Federações e Sindicatos indicam rejeição da segunda contraproposta da Petrobrás e organizam calendário unificado de luta


[Da Imprensa da FUP e FNP, com edição da Comunicação do Sindipetro Caxias]

A segunda contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Sistema Petrobrás sinaliza para a categoria petroleira o quanto esta campanha reivindicatória incomoda os diversos escalões gerenciais da empresa. O corporativismo, atua como uma espécie de blindagem contra mudanças que coloquem em risco a concentração do poder que os gerentes acumularam nos últimos anos.

Para a FUP e seus sindicatos, essa é a principal disputa que está travando as conquistas estruturantes que as trabalhadoras e os trabalhadores esperam alcançar, após amargarem quase uma década de ataques aos direitos e à identidade coletiva da categoria.

A reconstrução do Sistema Petrobrás passa necessariamente pela valorização dos petroleiros e pela humanização das relações de trabalho. Sendo assim, o indicativo para as assembleias é de rejeição da segunda contraproposta.

A decisão da ação unitária entre as federações petroleiras surgiu após o recebimento da segunda contraproposta da Petrobrás, nesta segunda-feira, dia 09/10.

Segue a lista de perdas de direitos colocadas na contraproposta da empresa:

  • Manutenção da relação de custeio da AMS em 60×40 (sem resolve as causas dos descontos abusivos);
  • Não atende à demanda de alimentação dos trabalhadores do turno de 12 horas;
  • Sem flexibilização do teletrabalho presencial;
  • Sem garantia de ultratividade do ACT;
  • Sem avanço na questão do Saldo AF.

No que diz respeito ao reajuste proposto, o mínimo que os trabalhadores e trabalhadoras esperam é a recomposição salarial e a recuperação do poder de compra da categoria. Além do ganho real de 3%, os petroleiros reivindicam 3,8% de reposição das perdas passadas e equiparação entre as tabelas salariais da Petrobras e das subsidiárias.

É inadmissível uma empresa que enriqueceu acionistas sem qualquer compromisso com o desenvolvimento e a soberania nacional continuar sacrificando a categoria para garantir a lucratividade dos que se apropriam da riqueza coletiva.

O Sindipetro Caxias está junto com a FUP e a FNP na luta por soluções das questões consideradas estruturantes para a categoria, como o resgate da AMS, a preservação da vida dos trabalhadores impactados pelas transferências compulsórias, a construção de uma política justa e transparente de recomposição dos efetivos, a garantia de condições seguras de trabalho e de melhoria da qualidade de vida nas unidades industriais e o fim dos afretamentos de plataformas e navios.

Em breve o Sindipetro Caxias divulgará o calendário completo.

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