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General Motors (GM)demite o dirigente sindical, Luiz Carlos Prates (Mancha)

Nós do Sindipetro-Caxias nos somamos à campanha pela reintegração do dirigente da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, demitido pela General Motors do Brasil (GM).

Na última quinta-feira (10/11), a montadora de automóveis, GM, comunicou de forma arbitrária e antissindical, a demissão do companheiro Mancha, que atuava na empresa há 35 anos. Recentemente, ele havia retomado sua função de eletricista de manutenção, na unidade de São José dos Campos.

Atualmente, Mancha é membro da Secretaria Executiva Nacional da central sindical CSP-Conlutas. Por isso, tem direito à estabilidade no emprego.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região enviou uma notificação extrajudicial ao diretor de relações trabalhistas da GM, exigindo o cancelamento imediato da demissão e reversão desse abuso de direito.

A entidade considera que a GM violou a o artigo 8º da Constituição Federal, bem como a Convenção 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ambos se referem à liberdade sindical.

História de luta

Ao longo de mais de três décadas, o dirigente sindical esteve à frente de inúmeras mobilizações e greves em defesa dos trabalhadores da GM. Também atuou diretamente em negociações com a fábrica, nas Campanhas Salariais e de PLR.
Mancha é um dirigente histórico na luta em defesa da classe trabalhadora no Brasil. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos em diversas gestões e reforçou as mobilizações de várias outras categorias.
O dirigente sindical também é reconhecido no exterior e participou de diversos organismos internacionais classistas.

Perseguição Política

A atitude da GM é um claro ataque à liberdade de organização dos trabalhadores e uma perseguição política.
Petrobrás também se utiliza desse método antidemocrático
Recentemente tivemos dois dirigentes sindicais petroleiros demitidos por perseguição política.
Wagner Fernandes, do Sindipetro- CE/PI, foi demitido por criticar a demissão de mais de mil trabalhadores da BR-Distribuidora, às vésperas do natal de 2019. Depois de muita batalha a justiça determinou sua reintegração, há poucos dias, em 27/10/22.
Alessandro Trindade, do Sindipetro-NF, foi demitido por participar de uma ação de arrecadação de alimentos na ocupação Campo dos Refugiados, localizado num terreno da estatal em desuso. Segue a luta pela reintegração de Alessandro.

Ataques da Patronal à liberdade de organização dos trabalhadores
Tanto a demissão de Mancha, quanto a de Wagner e de Alessandro, deixa claro o jogo sujo da patronal para tentar inviabilizar a organização e as lutas dos trabalhadores. Lutar contra essas demissões não se trata apenas de lutar pelos seus empregos (o que já seria muito importante), mas sim, lutar pela liberdade de organização da classe trabalhadora.

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