Os trabalhadores da refinaria além de sentirem o golpe do fim dos direitos trabalhistas, sentem a pressão em cima dos direitos fundamentais do cidadão. Infelizmente narramos mais um acidente de trabalho, onde o empregado é tratado de forma desumana e arbitrária pelo gerente.
No dia 24/9, um petroleiro técnico de operações sofreu fratura exposta do dedo após uma manobra operacional. Ele foi levado para o setor de Saúde Ocupacional e depois transferido para o hospital para realizar a cirurgia. No dia 25, ele teve alta e recebeu um atestado do hospital de 15 dias para sua recuperação.
Porém, em vez de ter seu repouso, o paciente começou a ser assediado pelo gerente médico da Refinaria. Para quem não sabe, os médicos na REDUC recebem bônus para não dar afastamento aos empregados. Sendo assim, foi exigido do TO que ele comparecesse à empresa no mesmo dia para que além da entrega do atestado, fosse realizada uma nova avaliação da cirurgia. O médico da Refinaria, o avaliou como apto a voltar ao trabalho, mesmo estando recém-operado e com atestado de 15 dias para recuperação.
O negócio é tão fraudulento, que nem o laudo médico comprovando sua plena recuperação, a REDUC não forneceu ao paciente e lhe concedeu 3 dias de “folga” (já que não existe atestado oficial), pedindo para que retorne ao final do prazo para que seja realizada nova avaliação.
Visto o assédio moral que a gerência médica tem realizado com trabalhadores acidentados colocando-os como “sem afastamento” e os coagindo sem um documento, a direção do Sindipetro Caxias realizou a denúncia do caso à gerência, que reavaliou a CAT e manteve o laudo de 15 dias de afastamento que sempre foi direito do trabalhador acidentado.
O que a Refinaria ganha sabotando estes documentos? Desta maneira, os índices de acidentes de trabalho ocorridos permanecem baixos, o que torna no papel a empresa segura. O que não condiz com a realidade. Esconder tais dados só serve para assassinar a força de trabalho, e deixar o histórico do gerente um mar de rosas.
O Sindipetro Caxias irá denunciar mais esta ingerência de SMS aos órgãos competentes. Qualquer trabalhador pode utilizar o e-mail sms@sindipetrocaxias.org.br para realizar sua denúncia ou através do whatsapp 21 99663-9953.