No dia 19/02, a Refinaria de Duque de Caxias viveu um dia de horror. O caldeireiro, José Arnaldo de Amorim, contratado da empresa C3 para trabalhar na parada de manutenção da U-4500, morreu durante sua jornada extra.
Para piorar, a gerência da Petrobrás retirou seu corpo do local. Não dando chance da polícia realizar a perícia, fundamental para a investigação.
De acordo com o hospital em que José Arnaldo foi encaminhado, ele já chegou sem vida. Assim como consta em sua certidão de óbito, onde mostra que no horário de sua morte ele ainda estava dentro da empresa.
Mas como sempre, a culpa da morte de um trabalhador em situações precárias sempre serão empurradas pela empresa para o mais fraco. Na tentativa de minimizar os impactos de uma indenização para a família ou não sujar a imagem da empresa com acidentes que poderiam ter sido evitados.
Assim como a morte do técnico de operação, Cabral, em 2016, esta já estava sendo anunciada. Em menos de um mês, três acidentes ocorreram na U-4500 (leia no link).
Em protesto, os petroleiros e petroleiras das bases do Sindipetro Caxias realizaram atrasos na entrada do turno no domingo (20) e na segunda-feira (21).
A direção do Sindicato indicou aos trabalhadores que não emitam permissões de trabalho, principalmente em locais de confinamento, assim como a suspensão das atividades das paradas de manutenção.
Na quinta-feira (24), a Federação Única dos Petroleiros convocou atos nacionais. Petroleiros de todas as bases filiadas disseram basta à precarização do trabalho em unidades da Petrobrás.
A direção do Sindipetro Caxias junto do Siticommm tem prestado apoio à família do petroleiro, assim como auxiliado na busca pela verdade. José Arnaldo foi assassinado pela gestão e merece justiça.