Um dia após o fim da COP28, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), com o aval do governo federal, leiloou 602 áreas de exploração de petróleo e gás em um megaleilão.
São áreas de impacto direto em pelo menos 20 terras indígenas, ao menos 15 unidades de conservação, incluindo territórios quilombolas demarcados. Leiloar nossas riquezas também é uma forma de privatização de nossas terras.
O leilão do fim do mundo, como está sendo apelidado, vai na contramão de qualquer compromisso em frear o superaquecimento que nosso planeta está vivendo.
Após o discurso contundente de Lula e Marina na COP28, esperava-se mais do governo. Os acordos com o mercado estão deixando o governo de mãos atadas diantes da ganância negacionista das grandes empresas.
Repudiamos e defendemos o fim dos leilões e a volta do monopólio estatal na exploração e produção do petróleo e gás no Brasil. O governo precisa cumprir o que prometeu nas eleições e defender a Petrobrás como motora da transição energética.