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Lucro em alta, elevação dos dividendos e ataques aos trabalhadores: gestão da Petrobrás precisa mudar de rumo

A Petrobrás anunciou nesta segunda-feira (12/05) um lucro líquido de R$35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — um aumento de quase 49% em relação ao mesmo período de 2024. Junto ao anúncio, a companhia aprovou a distribuição de R$11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. A decisão reforça a atual lógica de priorização do pagamento aos acionistas em detrimento de investimentos estratégicos e da valorização de quem constrói através do seu trabalho a riqueza da maior empresa do Brasil.

Ao mesmo tempo em que está destinando bilhões ao mercado financeiro, a Companhia tem postura negligente frente a compromissos essenciais com seus trabalhadores.

A categoria petroleira enfrenta alarmante falta de efetivo que é causa base de inúmeros problemas relacionados a condições seguras de trabalho enfrentada pelo corpo técnico.

O rebaixamento da PLR num ambiente de remunerações polpudas para os acionistas é uma afronta para categoria Petroleira. A continuidade do Equacionamento do Plano Petros corrói o contracheque dos participantes do PPSP, principalmente aposentados.

Enquanto a presidenta Magda Chambriard, afirma que a empresa tem US$8,5 bilhões em caixa e que “isso nos permite investir e remunerar nossos acionistas”, cresce o descontentamento entre os trabalhadores.

De forma cada vez mais nítida a prioridade se escancara: encher o bolso do capital financeiro enquanto se busca impor sacrifícios aos trabalhadores.

Ao pagar uma fatia de dividendos superior à outras gigantes do ramo como ExxonMobil, Shell e Chevron, a Petrobrás está deixando de investir na sua expansão e no desenvolvimento nacional.

O atual governo, sob pressão do mercado e de setores fisiológicos do Congresso, tem o desafio de fazer as escolhas certas: não cabe prosseguir premiando bilionários em detrimento da classe trabalhadora e do futuro energético do Brasil.

O momento exige intensificação das mobilizações e conscientização das bases. A categoria precisa estar atenta e mobilizada para defender seus direitos, lutar por Efetivo, Plano de Cargos, reversão do ataque à PLR e ao teletrabalho e resgate do papel estratégico da Petrobrás como empresa pública.

Sindipetro Caxias | 15/05/2025

LEIA O ARTIGO DE ERIC GIL DANTAS, ECONOMISTA DO IBEPS: Petrobrás lucra R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025

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