Após dois dias de reunião do Conselho Deliberativo, a direção da FUP e seus sindicatos filiados decidiram por submeter a proposta do TST à apreciação dos trabalhadores, como é prática da Federação, com indicação de rejeição, em assembleias a serem realizadas entre os dias 7 e 17/10.
A FUP, desde o início, tem se colocado a disposição para negociar o Acordo Coletivo de Trabalho, mesmo após o abandono da mesa pela Petrobrás que, após passar a negociação para o Tribunal Superior do Trabalho, sequer apareceu para as mediações bilaterais em Brasília.
O indicativo de rejeição da proposta apresentada no dia 19/09, pelo TST, tem como objetivo a continuidade da negociação, seja por meio de mediação ou na Petrobrás, como sempre o foi. Em documento encaminhado à FUP, o próprio Ministro do TST, diz que as entidades sindicais podem aprovar, rejeitar ou criticar, a proposta apresentada. A crítica feita pela Federação se dará com a sugestão de algumas alterações. No dia 26/09, a FUP protocolou no TST itens que, se aceitos, melhoram significativamente a proposta do TST, mantendo os direitos da categoria. Sendo assim, a FUP construiu o calendário de apreciação da proposta de ACT com os seguintes indicativos:
• Rejeição da proposta apresentada pelo TST no dia 19/09;
• Aprovação dos itens encaminhados ao TST, em 26/09, como melhoria à proposta do Tribunal;
• Condicionar a assinatura da eventual aprovação das propostas às assinaturas dos acordos coletivos de trabalho das subsidiárias e da Araucária Nitrogenados;
• Caso não ocorra negociação, greve à partir do zero hora do dia 26/10.
A FUP sempre prezou pela manutenção da essência do ACT sem perda dos direitos da classe trabalhadora, que foram conquistados com muita luta ao longo dos anos. Por isso, em vídeo divulgado nesta quarta-feira (2), o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, lembra da importância da extensão do ACT para as subsidiárias e Araucária Nitrogenados. De acordo com ele, qualquer coisa diferente disto será considerado uma traição a esses companheiros e companheiras, que sempre contribuíram para o crescimento da Petrobrás.
“A unidade sempre foi um fator fundamental para a classe trabalhadora, principalmente no atual momento em que o país vive, onde a retirada de direitos tem sido uma constante por parte do grande empresariado”, afirma.
Agora é hora de cada petroleiro e petroleira lembrar quem é que está ao seu lado. Quem conquistou os direitos históricos da categoria petroleira ao longo de anos. Quem está assediando os trabalhadores, quem está vendendo o patrimônio público e servindo a um governo que não tem compromisso nenhum com a classe trabalhadora desse país.
Por isso, é indispensável a participação de todos e todas nas assembleias em suas bases. Pois, juntos vamos vencer este momento difícil que estamos passando e vamos fazer da nossa empresa, uma empresa cada vez mais forte para que seja indutora do desenvolvimento desse país.
[FUP]