PF divulgou na última semana que militares golpistas planejaram a execução por envenenamento de Lula e Alckmin e a prisão clandestina para Moraes
As Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúnem diversos movimentos sociais e partidos de esquerda, reuniram-se no último dia 22/11 e decidiram convocar um Dia Nacional de Luta pela Prisão de Bolsonaro, todos os golpistas e sem anistia para o dia 10 de dezembro. O Sindipetro Caxias irá participar da articulação no RJ para organizar nosso ato. Participe!
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Entenda:
Desde o início do julgamento, os golpistas de 8 de janeiro de 2023 pedem penas brandas para os atos criminosos cometidos alegando “apenas vandalismo” e negando a tentativa de golpe de Estado. Agora, 2 anos depois na luta pela defesa do respeito ao voto e à democracia, foi desvendado, a partir da operação contra militares suspeitos o que já desconfiávamos: os atos de vandalismo em Brasília e as ameaças feitas pelos bolsonaristas, inclusive de ataque à REDUC foi um plano de golpe, sim!
Na manhã o último dia 19, a veio à tona na grande mídia informações da investigação da Polícia Federal (PF) sobre as ações golpistas planejadas pela extrema direita, e, dentre elas estavam a execução de Lula e Alckmin, após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, e a prisão clandestina Alexandre de Moraes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Tudo arquitetado em 12 de novembro de 2022, em reunião na casa de Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa) do (des)governo Bolsonaro, com o ex-presidente e outros militares. O encontro foi confirmado pelo general Mauro Cid (braço direito de Bolsonaro) que está delatando seus ex-aliados para receber alívio na Justiça. O relato é corroborado ainda por materiais apreendidos com Mario Fernandes (general de brigada do exército), preso hoje (19).
Não podemos esquecer que Braga Netto foi um dos nomes mais fortes do (des)governo Bolsonaro: Ministro da Defesa, ministro-chefe da Casa Civil e escolhido para compor a chapa que tentou a reeleição em 2022.
A tentativa de golpe tinha planejamento e orçamento. De acordo com a PF, durante o encontro dos militares com Bolsonaro foi elaborado um documento de Word com o nome ‘Copa 2022’, onde os presentes colocaram todos os detalhes do golpe: o monitoramento e execuções de Lula, Alckmin e posteriormente Moraes, relator de investigações contra Bolsonaro. Estavam esquematizados ainda ataques virtuais (fake news) contra as três vítimas e a falsificação de cartões de vacina dos golpistas.
Na operação Contragolpe, a PF quebrou o sigilo de mensagens dos celulares dos militares investigados – com autorização de Moraes – e encontrou no chat privado no aplicativo Signal, o grupo chamado ‘Copa 2022’ com troca de mensagens já com o monitoramento planejado pelos golpistas.
Outros quatro integrantes da elite do Exército e um policial federal foram presos nesta quarta-feira suspeitos de participarem do esquema golpista.
Ainda que o plano a extrema direita tenha sido desvendado sem que os golpistas tenham tido sucesso no Golpe de Estado ou da violência direta contra os representantes eleitos, a existência do plano e o início da sua execução, ainda que não vitoriosa, nos deixa em alerta pela democracia brasileira e nos convoca a lutar pela NÃO ANISTIA dos todos os envolvidos no caso. Que a justiça puna sumariamente desde Jair Bolsonaro, passando pelos militares, chegando aos civis envolvidos no 8 de janeiro.