Depois da grande carreata realizada no dia 23, onde milhares de pessoas foram as ruas por todo o país em defesa da vacinação de toda a população brasileira contra a covid-19 e do impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da CUT, demais centrais, deliberaram nesta terça-feira (26), durante a Plenária Nacional de Organização das Lutas, a união de forças de todos os segmentos civis e políticos que estão lutando pelo impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Numa reunião virtual com quase 500 pessoas presentes, a plenária deliberou três eixos de luta: 1) Fora Bolsonaro; 2) Vacina Já e para todos e 3) o retorno do auxílio emergencial. Também foi deliberado um calendário de lutas, culminando com uma nova carreata para o dia 21 de fevereiro, nos moldes da última realizada no sábado (23); e orientações para organização de defesa dos três principais eixos.
A decisão de unir todas as frentes sociais e políticas pelo “Fora Bolsonaro” se tornou ainda mais necessária com o agravamento da crise em 2021, e que vem sendo arrastada ao longo do ano passado. Por isso, que a Plenária Nacional de Organização das Lutas, acredita que só com mobilização popular é possível pressionar o Congresso Nacional para a abertura do impeachment.
Para esse processo é indispensável o esforço de unidade de todos os setores populares, com uma articulação nacional de convocação dos segmentos que possam se somar nesta iniciativa, realizando plenárias estaduais com amplo espectro político, construir um calendário de mobilização nos municípios, criar Comitês Populares de Saúde nos bairros para enfrentar a pandemia; fortalecer a comunicação contra o discurso bolsonarista nas redes sociais; denunciar internacionalmente Bolsonaro junto às entidades de direitos humanos, a partidos e na Comissão de Direitos Humanos na ONU; apoiar a instalação imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ‘Pazzuelo/Bolsonaro’; fortalecer a adesão e divulgação do “Manifesto das Igrejas ao Povo Brasileiro”; realizar atos ecumênicos comunitários em memória e denunciar as mortes causadas pelo Covid-19 e, por fim, realizar o Dia da Solidariedade e pela Renda Emergencial.