Pular para o conteúdo Vá para o rodapé

MP cobra da REDUC padrões de emissões de gases

O Ministério Público Federal recomendou à Petrobrás a elaboração de um planejamento organizacional e financeiro para adequar a atividade exercida na REDUC aos padrões de emissão de gases na atmosfera, previstos na Resolução 436 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O inquérito civil foi instaurado após o Sindipetro Caxias informar irregularidades na REDUC.

Sendo assim, a Petrobrás tem até o dia 26 de dezembro de 2019 para elaborar este planejamento, e também, atualizar as medidas previstas no Plano de Emergência de Parada das Unidades de Recuperação de Enxofre.

Além disso, caso seja evidenciado qualquer problema nas unidades, a empresa deverá interromper os processos emissores de gases ácidos, para evitar um incêndio igual ao ocorrido em 2015, que elevou os níveis de emissão a partir de falha técnica da Unidade 3350.

Foi recomendado, também, que a Petrobrás informe se o financiamento de 200 milhões de dólares tomado do New Development Bank efetiva a compra e instalação dos analisadores de relação H2S/SOx no gás residual emitido pelas Unidades de Recuperação de Enxofre, exigidos pelo Conama, para projetos favoráveis ao meio ambiente na REDUC e Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais.

Entenda o caso:

A direção do Sindipetro Caxias comunicou ao MPF a operação irregular da Refinaria Duque de Caxias, após um incêndio ocorrido em novembro de 2015 na Unidade de Recuperação de Enxofre 3350. A gerência da REDUC deveria orientar a redução de carga de várias unidades e paralisar a U-1250, a fim de que a U-3300 desse conta do tratamento do gás ácido, porém não ocorreu.

Porém, a gerência da refinaria manteve a produção normal, causando poluição.
O incêndio ocasionou liberação de gases tóxicos in natura na atmosfera, sem adoção de medidas de contingência preparadas para minimizar os impactos da falha técnica.

Em abril de 2019, o MPF visitou a REDUC e a gerência da refinaria informou que os sistemas de conversão de ácido sulfúrico em enxofre, atualmente, convertem apenas 98% dos materiais tóxicos levados às Unidades de Recuperação de Enxofre, sendo lançado na atmosfera sem monitoramento dos níveis de poluição emitidos.

Em setembro de 2018, a Petrobrás comunicou, ao mercado, a contratação de financiamento no valor total de 1,45 bilhão de dólares, sendo, desse montante, 200 milhões com o New Development Bank, o chamado “Banco dos Brics”, com vencimento em 2030, para “projetos favoráveis ao meio ambiente nas refinarias Duque de Caxias (REDUC) e Gabriel Passos (REGAP)”.

A direção do Sindipetro Caxias continuará fiscalizando e cobrando da gerência medidas que minimizem estas emissões que são prejudiciais tanto para os empregados quanto para todos os moradores do entorno da fábrica.

Deixe um comentário

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]