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Organização Mundial da Saúde reconhece Síndrome de Burnout como doença

Síndrome do Esgotamento Profissional pode levar à depressão profunda e é risco real para a qualidade de vida do trabalhador(a). Conheça os sintomas ao final do texto:

Começou a valer no Brasil a recente Classificação Internacional de Doenças (CID) para a  Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, sob o registro CID11-QD85. Apesar do reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ter sido recentemente confirmado, no Brasil a doença já estava sendo aceita como motivo de afastamento e aposentadoria com respaldo do INSS e da justiça. Agora, com a CID, distúrbio emocional passa a ser visto com mais atenção como uma questão de saúde pública e do/a trabalhador/a.

O que é o Burnout?

Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Eles seriam resultado de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho ou condições exaustivas.

A professora e pesquisadora Cláudia Osório, da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em psicologia e saúde no trabalho, em recente entrevista ao podcast Repórter SUS, afirmou que o pensamento neoliberal e as imposições do capitalismo são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas na classe trabalhadora

– ‘O modo de pensar neoliberal do capitalismo é claramente responsável pelo aumento da frequência de depressão e burnout, principalmente. A tal da política de excelência coloca uma situação em que as pessoas estão sempre devendo em termos de bom desempenho no trabalho’.

O Sindipetro Caxias tem como premissa o cuidado com a saúde física e mental e a qualidade de vida da categoria. Dentro e fora do ambiente laboral. Sabemos quanto o nosso trabalho é arriscado e da responsabilidade implicada nele. Não é por acaso que lutamos tanto para que haja recomposição e ampliação de efetivo para que não exista ainda mais sobrecarga de trabalho para a categoria. 

Ações do Sindipetro Caxias pela saúde da categoria

No final de 2023, em parceria com os Sindipetros RJ e NF, realizamos a Oficina de Saúde Mental e Trabalho oferecida em parceria com a Fiocruz. E em dezembro do ano passado, participamos do Fórum Unificado de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). 

Esta gestão manteve e estabeleceu novas parcerias com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Coletivo Caminhos do Trabalho, com especialistas contratados pelo sindicato para colaborar em projetos, assim como em parcerias com Sindicatos Petroleiros de todo o Brasil e associações, universidades e entidades não governamentais.

Sabemos também que a exposição a químicos é um fator de adoecimento mental, além de físico, podendo causar diversos distúrbios como fadiga, ansiedade, depressão.

O Sindipetro Caxias tem como premissa o cuidado com a saúde física e mental e a qualidade de vida da categoria. Dentro e fora do ambiente laboral. Sabemos quanto o nosso trabalho é arriscado e da responsabilidade implicada nele. Não é por acaso que lutamos tanto para que haja recomposição e ampliação de efetivo para que não exista ainda mais sobrecarga de trabalho para a categoria. 

Como evitar essas condições

As questões da saúde mental têm tomado grande relevância no ambiente de trabalho. Para se enfrentar esse mal, as empresas deveriam oferecer ambientes corporativos saudáveis, cooperativos e longe da exaustão das metas inalcançáveis e jornadas extenuantes que impedem o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. No entanto, a discussão da redução da jornada tem passado ao largo do mundo do trabalho no Brasil. Mesmo com pesquisas comprovando serem mais eficientes jornadas reduzidas, o empresariado impõe cada vez mais redução de efetivo e extensão de horário, muitas das vezes com tarefas extremante irrelevantes ou questionáveis. E cada vez mais o trabalho é fonte de alienação, frustração e sofrimento.

O assédio, e não a cooperação ou a gestão participativa, é ainda a principal ferramenta de gestão. Enquanto os salários achatam, os lucros se tornam aviltantes diante da piora da classe trabalhadora. O trabalho tem se tornado cada vez mais uma fonte de sofrimento. Durante a década de 60, o Modelo Operário Italiano se debruçou sobre a questão de que se seria possível conciliar a saúde do trabalhador com o modo de produção capitalista. Mais de 60 anos depois, apesar de toda evolução tecnológica, os números de mortes e adoecimentos relacionados ao trabalho parecem nos dar uma resposta contundente: ou mudamos o modelo (e portanto o sistema), ou seguiremos sendo mastigados em nome do lucro.

Abaixo, poema de Golondrina Ferreira, uma operária de fábrica:

Sintomas do Burnout

Confira, abaixo, os sintomas da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Em caso de reconhecimento dos mesmos, não deixe de procurar um/a profissional. Normalmente, eles surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar do tempo de trabalho. De imediato pode-se pensar que esses sintomas são passageiros, mas tendem a se tornarem crônicos se não forem tratados.

. Problemas gastrointestinais
. Dificuldades de concentração
. Sentimentos de incompetência
. Dor de cabeça frequente
. Alterações no apetite
. Sentimentos de fracasso e insegurança
. Alterações repentinas de humor
. Alteração nos batimentos cardíacos
. Insônia
. Negatividade constante
. Isolamento
. Dores musculares
. Pressão alta
. Sentimentos de derrota e desesperança
. Fadiga
. Problemas gastrointestinais

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