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PDV da TRANSPETRO expulsa trabalhadores até o fim do mês

Com o objetivo de enxugar a empresa e prepara-lá para o “futuro“, a Transpetro abriu um PDV no mês de setembro. Neste programa o trabalhador deveria realizar a inscrição no mesmo mês e teria dois meses para ser desligado da empresa.

Ocorre, porém, que diante da pandemia e do confronto com a realidade concreta – há áreas onde mesmo antes da saída dos trabalhadores já há escassez de pessoal e a transmissão de conhecimento ficaria muito difícil e sem qualidade, talvez até impraticável – a Transpetro postergou a data de saída para o fim de dezembro.

O Sindipetro Caxias recebeu relatos de que há trabalhadores sentindo-se como se estivessem sendo expulsos da companhia, pois agora a meta é sair no prazo sob pena de não cumprimento de acordo.

Vale lembrar que na Petrobrás (Holding) o prazo para passagem de serviço chega a ser de até dois anos.

Parece que a Transpetro, ao invés de subsidiária, é uma empresa terceirizada da holding, e por isso não deveriam ser utilizados os mesmos parâmetros já que o “dono” não seria o mesmo. Essa é uma visão completamente equivocada, a Transpetro faz parte do Sistema Petrobrás e o principal acionista continua sendo o povo brasileiro. Aos trabalhadores de ambas as empresas deveria ser garantida isonomia de tratamento nesta questão.

Segundo os trabalhadores já há uma precarização enorme dos serviços nestas áreas habilitadas para o PDV e há o temor de que haja ali uma piora significativa, pois algumas das pessoas já foram substituídas por sistemas e as poucas que sobraram estão saindo agora.

“Os trabalhadores não reconhecem mais a empresa para a qual fizeram um concurso para desenvolver seus talentos e, pela primeira vez em 12 anos, ouço dos trabalhadores o arrependimento em trocarem de carreira”, relata o diretor Paulo Cardoso.

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