Mudança dá luz à luta pela reestatização da distribuição e comercialização dos combustíveis
A Petrobras comunicou à Vibra Energia – empresa nascida da privatização da BR Distribuidora – que não prorrogará o prazo de vigência da licença de uso de marcas da companhia do atual contrato. O informe foi feito no dia 9.
Com a descontinuidade do contrato que se iniciou em 28 de junho de 2019, e somente se encerrará em 28 de junho de 2029, Federações e Sindicatos petroleiros visam o retorno da Distribuição e Comercialização dos combustíveis para a Petrobrás. Sabemos que será necessária muita luta para que isso aconteça. Começando pela investigação do contrato que cedeu a licença da marca e o processo de privatização da BR Distribuidora.
Segundo dados do Observatório Social do Petróleo (OSP), hoje, a Vibra Energia detém a maior fatia do mercado nacional de gasolina, com 24%. Em segundo lugar está a Ipiranga, com 17,22%, seguida da Raizen, com 16,6% de participação.
Além do resgate da marca, que não pode esperar até 2029, é fundamental a retomada dos ativos que foram entregues ao capital privado e deu origem à Vibra energia. Não faz sentido recomeçar a BR-Distribuidora do zero, enquanto existe uma estrutura completa e uma importante parcela do mercado que foram entregues de forma obscura. A reestatização é indispensável para que de fato os preços dos combustíveis sejam abrasileirados. A privatização contribui para manter os preços altos mesmo com possíveis reduções da Petrobrás em suas refinarias. Como mostrou a quase dobra da margem de distribuição e revenda da gasolina após dois anos da venda da BR – dados OSP.
Aguardamos novidades sobre a movimentação da empresa relativo ao tema. E, certamente, nos mobilizaremos para que a estatal volte efetivamente à distribuição e comercialização. Garantindo assim preços mais justos dos combustíveis.
Sindipetro Caxias | 26/01/2024