A FUP, FNP e movimentos sociais realizaram um ato contra a privatização, na entrada do EDISE, na última sexta-feira. O dia 16 foi escolhido para a mobilização por ser o último dia para que possíveis compradores se credenciassem para compra de ativos nos segmentos de Gás Natural e Refino, disponibilizados no programa de privatização da Petrobrás.
O ato denunciou os prejuízos da venda das refinarias Alberto Pasqualini ( REFAP), no Rio Grande do Sul, Presidente Getúlio Vargas ( REPAR), no Paraná, Landulpho Alves ( RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima ( RNEST), em Pernambuco, para a sociedade brasileira. “Isso significa que o Brasil vai perder sua autonomia energética e ficar dependente da produção internacional. Caso haja uma crise global, os preços dos combustíveis serão afetados diretamente”, disse Deyvid Bacelar, da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O anúncio de venda de quatro refinarias, de um total de oito, a venda das malhas de dutos (NTS e TAG), da BR Distribuidora, da Liquigás, a hibernação das FAFENs e a intenção de venda da Transpetro, principal empresa de logística da Petrobrás, praticamente restringe a companhia somente ao ramo de extração do petróleo, abandonando o conceito de uma empresa de energia integrada.
Vale lembrar que refino e logística, incluindo, distribuição, perfazem 60,9% da fonte de receitas da Petrobrás. Ou seja, Bolsonaro, Paulo Guedes e Castello Branco querem deixar a Petrobrás operando somente com 30% de sua fonte de receitas obtidas através do E&P. Quem vai pagar essa conta?