Neste fim de semana, a CUT-Rio realizou a 12ª Plenária Estadual Lígia Deslandes com 181 delegados e delegadas, que debateram temas relacionados ao sindicalismo cutista e os desafios dos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil nos próximos tempos.
O evento foi realizado no sábado (21) e domingo (22) de forma virtual por causa da pandemia do novo coronavírus e foi marcado por mensagem e apoio do ex-presidente Lula, do presidente da CUT Brasil, Sérgio Nobre, além da presença nos debates de convidados que são referência no movimento sindical.
Nos debates sobre o cenário atual do país, os temas foram as ameaças constantes às instituições brasileiras, à democracia comandas pelo prsidente Jair Bolsoanro (ex-PSL); as propostas do governo de retirada dos direitos sociais e trabalhistas, de desmonte do serviço público como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, que enfraquece o Estado, a Medida Peovisória (MP) nº 1045, que acaba com férias, 13º salário e até carteira assinada, Foram debatidos também temas como as privatizações de empresas públicas e muitos outros ataques que vêm sendo realizados pelo governo Bolsonaro.
Na cerimônia de abertura, a mensagem do presidente Lula apontou para a necessidade de estruturar a reação aos retrocessos. “Temos que pensar que Brasil a gente deseja. O povo brasileiro não quer voltar a ser escravo, quer ter direito à previdência, a um bom sistema de saúde, à dignidade. A CUT é uma peça extraordinária na transformação social que o povo brasileiro precisa. Estou pronto para ouvir as deliberações de vocês”, afirmou.
A plenária se posicionou de maneira contundente na luta pelo emprego digno, contra a informalidade e a precarização do trabalho. O desemprego atinge hoje quase 15 milhões de brasileiras e brasileiros.
A luta pela vida foi uma pauta que atravessou reivindicações de diversas categorias profissionais. Foi abordada a necessidade de fortalecer ações pelo plano de carreira dos trabalhadores da saúde, a greve dos profissionais da educação, o piso salarial da enfermagem há trinta anos ainda não aprovado, a luta das mulheres, das trabalhadoras domésticas e o desafio de organização sindical dos trabalhadores e trabalhadoras que estão na informalidade.
A plenária, através de um vídeo, prestou emocionante homenagem à secretária-geral da CUT-Rio, Lígia Deslandes, e diversos companheiros sindicalistas que faleceram vítimas da Covid-19 e do descaso do governo Bolsonaro.
O Rio de Janeiro levará 17 delegadas e delegados à 16ª Plenária Nacional da CUT, que será realizada em outubro de 2021.