Os trabalhadores e trabalhadoras de todas as estatais brasileiras vêm sofrendo com o sucateamento de seus planos de saúde. É a velha tática que os gestores utilizam de precarizar para tentar justificar a privatização.
Na Petrobrás, o descaso com os beneficiários beira a tentativa de homicídio: a empresa vêm excluindo as pessoas do plano de saúde por falta de pagamento.
A AMS envia a mensalidade por meio de boleto em vez de realizar o desconto em folha – uma tática para sobrepor a margem consignável e receberem o dinheiro de forma integral o quanto antes.
Essa manobra cruel acaba por também incorrer na redução do número de participantes do plano, através da suspensão e cancelamento da AMS das famílias nesse momento difícil que estamos passando durante a pandemia.
O caso mais recente e emblemático foi o caso do Sr. Zé Américo – aposentado da REDUC que aos 82 anos foi excluído da AMS. Alegou-se falta de pagamento dos boletos bancários que eles próprios pararam de enviar à sua cuidadora.
A direção do Sindipetro Caxias questionou o RH da empresa na tentativa de reestabelecer o quanto antes o plano, pois o petroleiro teve complicações sérias de saúde e teve que aguardar por dias nos corredores do hospital público estadual de Saracuruna para receber atendimento médico.
Um trabalhador que deu sua vida pela empresa, merece o mínimo de dignidade em sua velhice. Por isso, redobramos a cobrança junto ao RH local e a gerência corporativa. Observem abaixo a frieza do ofício do RH respondido diante do quadro de agravamento do aposentado que necessitava de atendimento médico pelo plano para sobreviver. Lembrando aqui que ele foi trabalhador da Petrobrás por mais de 40 anos.
A direção do Sindipetro Caxias não desistiu e continuou a luta para salvar a vida do trabalhador.
Depois de muita insistência, o RH junto com a gestão da AMS reconheceu sua falta grave e restauraram o plano de saúde do beneficiário. Hoje ele está sendo atendido no Caxias D’or.
Segue abaixo a resposta da empresa voltando atrás da sua malvadeza:
O Sindipetro Caxias responsabiliza a gestão da empresa por problemas recorrentes de operacionalização da Assistência Médica Suplementar, o que está precarizando o benefício, comprometendo a qualidade do atendimento e deixando os usuários à própria sorte. Em diversas regiões do país, não há sequer postos da AMS instalados. A situação é ainda mais precária nas regiões Norte e Nordeste, pois 58% dos Postos Avançados da AMS estão concentrados no Sudeste.
Muitos participantes do plano estão sendo prejudicados com mais essa onda de precarização… e sabemos que futuramente a gestão tentará trazer a “solução”para este problema que ela própria está criando – e a “solução”, na cabeça dos gestores vai ser a privatização da AMS, como já vem acontecendo na BR Distribuidora.
A luta é diária e permanente enquanto estiverem no poder governos entreguistas e fascistas.
A classe operária segue resistindo depois do golpe de 2016. Não vamos desistir!