Skip to content Skip to footer

Privatiza que piora: o falso mito neoliberal desmontado pelo caso Refit

O discurso neoliberal, amplificado pelos grandes meios de comunicação, difundiu a ideia de que empresas privadas seriam naturalmente mais eficientes, transparentes e éticas. Essa narrativa sustenta o lema “privatiza que melhora” e usa casos pontuais de gestão para justificar cortes, desinvestimentos e o sucateamento programado do setor público. No entanto, o caso Refit revela o contrário: uma empresa privada de refino é acusada de esconder bilhões em sonegação por meio de fundos de investimento, além de ter sido interditada por irregularidades identificadas pela ANP. Longe de ilustrar eficiência, o episódio evidencia a fragilidade do controle social quando setores estratégicos são entregues ao mercado.

A sonegação bilionária atribuída à Refit não representa um desvio isolado, mas um método facilitado pela lógica de opacidade típica de grupos privados que operam com estruturas societárias complexas e pouca transparência. Enquanto estatais são submetidas a mecanismos de auditoria pública, controle social e fiscalização permanente, empresas privadas frequentemente se beneficiam de brechas legais e de um ambiente regulatório enfraquecido pelo próprio discurso que defende a privatização. Assim, desmonta-se o mito de que o mercado seria um espaço de maior ética ou responsabilidade fiscal.

As consequências para a classe trabalhadora são imediatas. Após as interdições e denúncias, trabalhadores da Refit foram demitidos e recorreram a protestos para exigir respostas e garantir seus direitos. Esse é o padrão do neoliberalismo aplicado ao setor de petróleo: quando há lucro, ele é privatizado; quando surgem crises ou irregularidades, o peso recai sobre os empregados, tratados como variáveis de ajuste. O episódio reforça que a privatização não protege empregos, tampouco assegura estabilidade operacional ou compromisso com o desenvolvimento nacional.

Por isso defendemos uma Petrobrás estatal, forte e comprometida com seus trabalhadores e com o povo brasileiro, e não com a lógica de maximização de lucro para acionistas. A experiência demonstra que apenas uma empresa pública, orientada pelo interesse nacional, pode garantir políticas de investimento, pesquisa, segurança operacional, geração de empregos e acesso socialmente justo à energia. Queremos uma Petrobrás que responda à sociedade, não ao mercado financeiro.

Basta de terceirização, privatização e repasse da riqueza produzida pelos trabalhadores para aqueles que nada produzem além de sonegação, evasão e miséria. O caso Refit deixa claro que entregar setores estratégicos à iniciativa privada enfraquece o país, amplia desigualdades e põe em risco a classe trabalhadora. A luta sindical reafirma que proteger o que é público, fortalecer a Petrobrás estatal e garantir direitos trabalhistas é o caminho para um projeto de desenvolvimento soberano e verdadeiramente comprometido com o povo brasileiro.

Sindipetro Caxias | 27/11/2025

Leave a comment

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]