Esse filme não é novo. A história se repete 4 anos depois. Dessa vez sem mortos, mas poderia ter. Novamente a falta de manutenção causou pânico no entorno da REDUC. Em vídeo recebido na tarde de ontem, quando a U-1210 explodiu, uma criança chora e fala para sua mãe que está com medo ao ver o fogo misturado com a fumaça preta próximo de sua casa que fica ao lado da refinaria.
A data da última manutenção desta unidade foi há três anos e, de acordo com a N-13, ela deveria parar este ano, já que a REDUC estava sem a certificação do SPIE, que prorroga este prazo.
Assim como o teto do tanque corroído e sem manutenção no qual o Técnico de Operação Cabral pisou, caiu e morreu, o óleo combustível que estava vazando na linha que faz a circulação de resíduo de vácuo da T-103 com as bombas PS-116 A/B/C, não aguentou a pouca espessura do duto de 6 polegadas por onde corria a 350ºC e explodiu.
Foram 70 minutos de terror para a população do entorno da refinaria. Graças à corajosa atuação conjunta dos trabalhadores do SMS, Segurança industrial e da Brigada própria de incêndio o fogo conseguiu ser controlado.
Nesta tarde, 16/06, o diretor Luciano Santos participou da primeira reunião do GT de investigação, conforme determina o nosso ACT. Mas pela avaliação inicial o acidente ocorreu por falta de comprometimento da gerência de inspeção de equipamento no diagnóstico dos equipamentos e no respeito à periodicidade de avaliação dos ativos, conforme NR-13, para detectar e realizar a manutenção da tubulação.
Refinaria não é loja de departamento. Não é videogame. É uma bomba relógio, um vulcão prestes a explodir. Por isso, não dá pra brincar de inspecionar. A gerência precisa levar a manutenção a sério, pois existem muitas vidas no entorno e dentro da refinaria que dependem da ação responsável da gerência da REDUC na aplicação integral das normas de integridade. Os trabalhadores da Petrobrás sabem como fazer e onde atuar, por isso Castello Branco, DEIXA A EQUIPE DE MANUTENÇÃO e INSPEÇÃO TRABALHAR!!