Grupo indígena sofre com grave crise sanitária causada pelo (des)governo bolsonarista
O Sindipetro Caxias enviou na tarde de ontem, dia 7 de fevereiro, uma doação de 8 caixas de leite em pó para os Yanomamis como forma de apoio ao combate à crise humanitária enfrentada pelo povo indígena.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças entre um e 4 anos do povo Yanomami morreram por desnutrição, pneumonia e diarreia em 2022.
Hoje, oito em cada dez crianças Yanomami sofrem com desnutrição crônica, aponta a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Nas últimas 3 semanas, 14 crianças foram transferidas com urgência para atendimento hospitalar.
A Terra Yanomami é o maior território indígena do país e devido ao avanço do garimpo ilegal está enfrentando uma grave crise sanitária e humanitária.
O grupo indígena tem sofrido principalmente com a malária e a desnutrição, resultado dos retrocessos nas políticas de proteção aos povos originários do (des)governo Bolsonaro e do afrouxamento na fiscalização do garimpo ilegal. A atividade ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, segundo o relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY). O monitoramento aponta ainda que o desmatamento para o garimpo chegou a 309% no mesmo período.
Um relatório da Defensoria Pública da União (DPU) constatou uma “violação generalizada e sistemática de direitos humanos dos povos indígenas Yanomami”.
Defendemos que é fundamental investigar e punir de forma exemplar, toda a cadeia do garimpo ilegal e do desmatamento, assim como entender a relação com os/as integrantes do (des)governo Bolsonaro.
Toda ajuda aos Yanomamis se faz necessária devido ao estado alarmante que o grupo está enfrentando. Em razão da grave crise sanitária, o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública para combater a desassistência de indígenas Yanomami.