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TECAM: fábrica de opressores

A TRANSPETRO lançou na semana de Natal o Curso Formação Básica em Direitos Humanos no AVA. Em conjunto, promoveu o evento “Parada de SMS” com o tema: Violência no Ambiente de Trabalho com a participação da alta administração da empresa.


Apesar de todas essas ações, o TECAM continua sendo a dimensão invertida da TRANSPETRO. Alguns Gerentes da DTRM, assim como em demais Gerências do Terminal, ignoram as ações da empresa e conduzem com opressão a todos, gerando diversos reflexos na saúde do trabalhador. É como se não bastasse a pressão diária de atender inúmeras atividades, a sobrecarga de trabalho por ter equipes reduzidas e passarmos por uma pandemia que causa tanto sofrimento. Ainda temos “o agente nocivo” ao lado para potencializar os danos na saúde mental do trabalhador: O Gerente Risco Ocupacional.


Todavia, são esses Gerentes Tipo O de Opressão que estão causando estresse, depressão, pânico, ansiedade e medo nos trabalhadores. E o impacto é silencioso porque as doenças não são notificadas ao Médico do Trabalho e nem muito menos investigadas, mas é fácil detectar os sinais, como o absenteísmo causado por doenças somatizadas ou pessoas que preferem o trabalho remoto a ter que encarar todos os dias chefes insensíveis, intimidadores e arrogantes.


Testemunhamos nos últimos tempos a naturalização da cultura do assédio, e da violência psicológica contra o trabalhador. Vivemos numa realidade onde Gerentes colocam apelidos pejorativos nos seus funcionários, que querem determinar o local onde os operadores precisam morar, assim como determinar o dia de suas folgas, tudo isso independente dos procedimentos, normas e legislações existentes! Esses trabalhadores convivem com ameaças frequentes às suas condições de trabalho (Retirada do Turno, Transferências, Penalização no GDR para prejuízos no PPP), insinuações sobre suas competências, moral e profissionalismo! Um reflexo de todos esses absurdos é que temos observado uma rotatividade incomum nos cargos de Supervisão e Coordenação, onde trabalhadores abandonam essas funções para o bem de sua saúde mental.


A Organização Mundial da Saúde – OMS reconheceu a Síndrome de Burnout no início desse ano, incluindo no CID-11. E de acordo com os dados da Previdência Social analisados pela CUT, em 2015, 170.830 trabalhadores e trabalhadoras se afastaram por depressão, ansiedade ou outros transtornos mentais e em, 2020, foram 289.677.


Logo, sabendo que são os trabalhadores expostos que construíram o recorde de movimentação de óleo combustível no montante de 1,11 milhão de toneladas em maio de 2020 e em meio a Pandemia de COVID-19, temos a triste constatação que os Gerentes do TECAM ajudam a ser recordista em afastamentos causados pela saúde mental do trabalhador.

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