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Trabalhadores da Petrobrás em Duque de Caxias, realizam greve de 24h nesta quarta-feira (26)

Sindicato informa que “Greve de Advertência” será realizada em todo o país contra intransigência de direção da empresa com os trabalhadores enquanto tem volumosa distribuição de dividendos para acionistas

Petroleiros e petroleiras, representadas pelos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), decidiram, em assembleias realizadas nas unidades operacionais e administrativas da Petrobrás, convocar uma greve de advertência de 24 horas, marcada para esta quarta-feira, 26 de março. O Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro Caxias) informa que, após consulta aos trabalhadores, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), a Usina Termoelétrica (UTE-Termorio) e o Terminal de Campos Elíseos (TECAM) irão ter adesão massiva ao movimento. A greve de 24h é um protesto contra a postura autoritária da atual gestão da empresa, que tem esvaziado os fóruns de negociação coletiva e desrespeitado os princípios fundamentais do diálogo com os trabalhadores.

Desta forma, ainda na terça-feira, 25, o Sindipetro Caxias estará na porta das unidades para que o direito à greve possa ser respeitado e estabelecido nesta importante planta da empresa, responsável por grande parte do lucro da Petrobrás.

Esta paralisação é mais do que uma simples manifestação contra a falta de negociação. A greve visa a garantir direitos essenciais e melhores condições de trabalho para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás. Entre as reivindicações estão a defesa da Remuneração Variável, que sofreu uma redução de 31% nos montantes negociados com a empresa em dezembro, enquanto a Petrobrás distribui 207% de seu lucro para os acionistas. A categoria exige que os valores da Remuneração Variável não sejam diminuídos, já que ela é parte fundamental da remuneração dos trabalhadores, a parte essencial da garantia de produtividade e, por consequência, do próprio lucro da empresa.

Outros pontos centrais da greve incluem a reposição do efetivo de pessoal, com a convocação de concursados e a abertura de novos concursos. A redução drástica no número de trabalhadores após a Lava-Jato tem causado impactos graves no Sistema Petrobrás. O baixo efetivo tem impedido a garantia da segurança dos trabalhadores, que amargou nos últimos meses mortes e diversos acidentados. Além disso, a categoria petroleira luta por melhores condições de trabalho para os prestadores de serviços terceirizados, que são os mais vulneráveis à insegurança no trabalho, com a melhoria na fiscalização dos contratos, no modelo de licitação da estatal e a eliminação da escala 6×1, uma pauta nacional.

A greve também exige a cobrança em torno de uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento do Plano de Previdência Petros 1, que tem diminuído a renda de mais de 200 mil aposentados e pensionistas da Petrobrás em todo o país.

Entre as pautas destaca-se ainda a defesa do Teletrabalho, com a suspensão do cronograma de mudanças e do termo de adesão individual proposto pela gestão, e a criação de um plano único e integrado de cargos, carreira e salário, que corrija distorções passadas e ofereça progressões justas e equânimes aos trabalhadores.

A postura autoritária da gestão de Magda Chambriard, presidente da empresa desde de 2024, tem se refletido em diversas ações, como a falta de diálogo na implementação unilateral de mudanças no VR/VA e no teletrabalho, sem transparência ou consulta aos sindicatos e federações. A gestão tem se afastado dos fóruns de negociação, desrespeitando o papel fundamental de seus trabalhadores na reconstrução da Petrobrás e na garantia do crescimento do país mesmo em tempos de pandemia e do negacionismo vivido na companhia durante o governo Bolsonaro, que vitimou dezenas de trabalhadores.

Este movimento não é apenas contra a atual gestão, mas sim em defesa dos direitos e da segurança dos trabalhadores que produzem responsáveis por grande parte do abastecimento energético do Brasil. A greve de 24 horas é um passo para garantir que estes legítimos direitos sejam respeitados e que a empresa volte a negociar de forma justa e transparente no sentido de uma Petrobrás que esteja a serviço do desenvolvimento sustentável do país e não somente para beneficiar seus acionistas.

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