Os sindicatos petroleiros das duas federações nacionais, FUP (Federação Única dos Petroleiros) e FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), realizaram na manhã dessa quarta-feira (05) um trancaço no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em protesto contra os desimplantes arbitrários nas unidades offshore e as medidas unilaterais da gestão da Petrobrás.
A mobilização, que bloqueou temporariamente o embarque de trabalhadores e trabalhadoras para as plataformas da costa fluminense, expressou a força da unidade entre as federações e o repúdio às práticas de desrespeito e insegurança enfrentadas pelo segmento offshore.
“Fechamos o aeroporto de Jacarepaguá pela pauta do 14×21 para todos, contra o desrespeito que a Petrobrás está cometendo ao desimplantar trabalhadores de forma intempestiva e sem justificativa plausível. Lutamos por transporte digno da casa até o aeroporto, pelo vale-alimentação e por condições justas para todos os trabalhadores offshore”, destacou Johnny Souza, coordenador do Departamento de Comunicação do Sindipetro-NF.
A ação foi construída de forma unitária entre sindicatos que representam bases offshore, como os Sindipetros Norte Fluminense, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Litoral Paulist, com o Sindipetro Caxias manifestando total apoio à luta e às reivindicações.
As pautas específicas do setor se somam à Campanha Reivindicatória Nacional, que busca um acordo coletivo de trabalho digno, com avanços em segurança, saúde, valorização salarial, habitabilidade, transporte, teletrabalho e o fim dos descontos abusivos dos equacionamentos da Petros.
A categoria está em plena fase de assembleias e mobilizações em todo o país. Neste próximo dia 11 de novembro, acontece mobilização nacional por um ACT digno e de força. Sindipetros de todo o país estarão na porta das unidades reivindicando um acordo justo para a categoria petroleira. Na REDUC, ele acontece a partir das 7h, no arco de entrada da refinaria. As entidades sindicais alertam que a falta de diálogo da Petrobrás pode levar a um movimento grevista unificado, caso as demandas da classe trabalhadora não sejam atendidas.