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23 anos de Transpetro

Antigo departamento de transporte da Petrobrás, a Transpetro foi criada em 1998, durante o governo privatista de Fernando Henrique Cardoso, e no dia 12 de junho de 2021 completa 23 anos de resistência à privatização.
É uma das principais subsidiárias, sendo 100% da Petrobrás, opera e mantêm 14 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos, 27 terminais aquaviários e 20 terminais terrestres que armazenam petróleo, derivados, GLP e biocombustíveis, que interligam todas as regiões do país. Além disso, a Transpetro possui uma frota própria de 57 navios petroleiros que conecta a energia do Brasil ao mundo. Em 2020, a companhia registrou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, o maior desde a sua fundação.
Como uma subsidiária, a Transpetro está ameaçada pelo pacote de privatização do governo. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as subsidiárias das estatais brasileiras podem ser vendidas, inclusive sem licitação. Um ataque direto ao direito que todos os brasileiros têm à energia e aos combustíveis a preço justo, e um risco alto para a soberania nacional.
O interesse estrangeiro na compra dos ativos da Petrobrás não é a toa, como o caso da TAG -Transportadora Associada de Gás: os investimentos iniciais para construção desses ativos são caros e somente viáveis a médio e longo prazo, por isso o setor privado não assume os custos. Fica mais fácil para as corporações comprarem os dutos da Petrobrás prontos, após todo um investimento da estatal para construí-los.
Para o diretor do Sindipetro Caxias e empregado da Transpetro, Paulo Cardoso, será preciso garra para defender os empregos: “num futuro próximo, teremos que ter a mesma disposição e coragem que os colegas da FAFEN/PR e, atualmente, os das PBIOs. Pois também somos subsidiária e a Petrobrás não se importa com seus trabalhadores”.
Após a venda da BR Distribuidora, os trabalhadores da Transpetro precisam estar ainda mais mobilizados. “É hora de lutar. É hora de barrar o desmonte e realizar o nosso sonho: de um Sistema Petrobrás Integrado, gerando riqueza, emprego digno e benefícios para a população”, reforça.