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Dia Nacional do Aposentado: Sigamos resistindo e exigindo respeito para quem construiu a Petrobras

Nesta segunda-feira, 24/01, é Dia Nacional do Aposentado. A data marca o 99º aniversário da Previdência Social no Brasil, criada a partir da promulgação da Lei Eloy Chaves, publicada em 24 de janeiro de 1923.

Ser aposentada e aposentado no Brasil (des)governado por Bolsonaro é uma luta diária por sobrevivência e dignidade, para a grande maioria dos brasileiros que se encontra nesta situação. É vergonhoso que neste Dia Nacional do Aposentado tenha sido publicado no Diário Oficial da União a decisão do presidente Bolsonaro que veta o orçamento de R$ 988,03 milhões que estava destinado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), precarizando, ainda mais, o atendimento aos aposentados e pensionistas. Em dezembro, cerca de 1,8 milhão de brasileiros aguardava na fila pelos pedidos de aposentadoria, pensão e outros benefícios garantidos por lei.

Segundo pesquisa realizada em 2020 pelo Sesc, em parceria com a Fundação Perseu Abramo (FPA), pelo menos 64% dos idosos brasileiros estão aposentados e 95% deles contribuem com a renda da casa, sendo que 68% chefiam as famílias. Saiba mais aqui: Idosos no Brasil: Vivências, Desafios e Expectativas na 3ª Idade.

Infelizmente, estar aposentado no Brasil não significa o tão sonhado período para relaxar e aproveitar a vida de forma tranquila. Muitas pessoas quando chegam a esta fase da vida sofrem com a queda brusca na renda e ainda precisam sustentar a família ou contribuir com a sobrevivência dos filhos e netos.

Com os aposentados da Petrobrás não é diferente. Os petroleiros aposentados estão passando momentos de extrema dificuldade e desrespeito, apesar de terem dedicado suas vidas à construção e à consolidação da maior empresa nacional.

Os ataques e cobranças abusivas do plano de saúde no momento em que mais precisam, além de imoral, é desumano. A gestão da Petrobras se nega a negociar ou flexibilizar os pagamentos, com um atendimento cada vez mais precário da AMS. Soma-se a isso uma Petros com instabilidade e que preocupa em vez de garantir segurança aos aposentados e aposentadas, deixando-os muitas vezes sem a renda suficiente para viver uma vida digna.

“O que os aposentados vêm vivendo é uma constante perda dos seus direitos, ameaças, pressão e inúmeras dificuldades que deveriam ser vencidas com um suporte da empresa pela qual dedicaram suas vidas, saúde, tempo e trabalho”, destaca a diretora de de Seguridade, Aposentados e Políticas Sociais, Marise Sansão.

A luta continua

Marise ressalta a importância dos aposentados na construção dos sindicatos e das várias lutas que a categoria trava por direitos e contra a privatização e o desmonte do Sistema Petrobrás. “Os aposentados continuam tendo um papel importante na nossa categoria e vamos precisar das suas forças para que possamos restabelecer direitos e conquistas para mudar essa realidade de descaso que vive a categoria petroleira”, afirma.

“Neste dia 24 de janeiro, dia do aposentado, expressamos nossa gratidão a esse guerreiros e guerreiras, que são fundamentais para a organização da nossa categoria e as nossas lutas. Além da participação nas grandes greves da nossa história, seja quando estavam na ativa ou mesmo após a aposentadoria, esses companheiros e companheiras têm papel preponderante nas principais conquistas do nosso Acordo Coletivo. Se somos uma categoria de expressão nacional é graças à dedicação e à coragem das gerações que nos antecederam nas lutas sindicais e nas bases, fazendo a disputa por uma Petrobras pública e garantidora dos direitos da classe trabalhadora”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Imprensa da FUP, com Sindipetro BA